Lavrov termina périplo africano hoje em Maputo

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, encontra-se hoje, em Maputo, com Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, no quadro do reforço das relações bilaterais. No encontro com o Governo será igualmente abordada a situação da guerra na Ucrânia.
A reunião com Nyusi está marcada para as 10h00 locais e acontece logo após uma outra reunião que já tinha sido anunciada, entre Lavrov e o ministro das Obras Públicas moçambicano, Carlos Mesquita.

“Os governantes abordarão o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação, assim como a situação política, social, económica e de segurança dos dois países. Irão, igualmente, trocar impressões sobre a guerra na Ucrânia”, lê-se em comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC) moçambicano, em cujas instalações decorrerá o primeiro encontro do dia.

Recorde-se que o país lusófono tem assumido uma posição de neutralidade, apelando ao diálogo para pôr termo à guerra a partir do seu lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um mandato de dois anos iniciado em Janeiro.

Moçambique esteve entre os países que se abstiveram em votações na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a condenar a invasão russa da vizinha Ucrânia.

O chefe da diplomacia russa iniciou este périplo africano na segunda-feira, em Nairobi, Quénia, onde se reuniu com o Presidente, William Ruto. Na terça-feira esteve em Bujumbura, Burundi, onde se encontrou com o seu homólogo, Albert Shingiro.

Lavrov deverá participar numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na Cidade do Cabo, na quinta e sexta-feira, em preparação da cimeira que o país africano acolhe em Agosto.

A viagem do ministro antecede também a segunda cimeira Rússia-África, que se realizará em São Petersburgo, em Julho.
Refira-se que esta visita a África de Lavrov surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter concluído, na semana passada, uma digressão pelo continente – que incluiu Moçambique -, durante a qual instou os países africanos a porem termo à sua neutralidade em relação à guerra contra a Ucrânia.

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