Irresponsabilidade que mete nojo e… faz dó

Um sem-rosto qualquer, que se fez popular no ambiente pejado de “idiotas com palco” em que se transformaram as redes sociais, pôs a circular uma notícia ontem que, no mínimo, evidencia dois sintomas alarmantes:

Por Emanuel Kadiango

Um sem-rosto qualquer, que se fez popular no ambiente pejado de “idiotas com palco” em que se transformaram as redes sociais, pôs a circular uma notícia ontem que, no mínimo, evidencia dois sintomas alarmantes:

1) a tendência mórbida de se exibir como sabedor de muitas coisas, um sujeito com grandes fontes nas altas esferas do poder político; e 2) a corroída capacidade de perceber até onde se estendem os limites do ridículo e do venal, a ausência completa de senso de responsabilidade quando se lida com o tema Estado e seus assuntos.

Anunciar uma reunião do Presidente da República que nunca esteve na agenda do Palácio e chegar ao extremo de anexar uma lista de participantes e o papel de cada um nessa imaginária convocação é de uma insanidade que não lembra ao diabo.

Umberto Eco sabia o que dizia quando abominou os riscos da Internet e caracterizou, de forma genial, o papel tétrico a que se reservam os pilantras que assaltaram aquela que poderia figurar entre as maiores criações da Humanidade. Os palhaços fizeram-se heróis e o universo cibernético virou circo, com o que a sensatez e a verdade tiveram morte fulminante!

Ontem, em Malanje, o Presidente da República, no seu breve comentário ao momento explosivo do futebol, deixou claro, pela escolha com pinças das palavras que resolveu dizer, que o assunto é da inteira responsabilidade da Federação Angolana de Futebol no qual nem o Ministério da Juventude e Desportos intervém. O que o Presidente transmitiu foi simples: que prevaleça o bom senso, os agentes que gerem o futebol que resolvam a embrulhada que se criou.

Não faria sentido, em face dos dizeres em Malanje, que o Presidente da República tivesse interesse em tutelar uma reunião para chamar a si um assunto que deixou entendido pertencia a outros entes. Ainda por cima com pseudo participantes a formar um painel sarrabulhado sem se saber ao certo ao que iriam.

O futebol angolano merece outro carinho e cuidado que não as trapalhadas de Joanas, Joaquinas e Marianas Clementinados…

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