Finlândia poderá cortar ajuda a países africanos que apoiem a Rússia
A Finlândia não dará qualquer ajuda ao desenvolvimento a países que apoiarem a guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com o programa do novo governo de direita, adiantou o ministro de Comércio Externo e Desenvolvimento, Ville Tavio, esta segunda-feira.
Tavio recusou-se a citar os países sujeitos a possíveis cortes, mas referiu a África como um todo. “Testemunhamos que há países africanos a apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. Esses países estarão sob vigilância”, avisou o novo ministro.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os principais parceiros bilaterais da Finlândia em África são Etiópia, Quênia, Moçambique, Somália e Tanzânia, com uma cooperação para o desenvolvimento que dura há décadas.
A Finlândia comprometeu-se a atribuir 0,7% do seu rendimento nacional bruto (RNB) ao financiamento do desenvolvimento, de acordo com a recomendação da ONU. No entanto, essa meta foi alcançada apenas uma vez no início dos anos 1990. Este ano, estima-se que o orçamento da cooperação para o desenvolvimento seja de 1,177 mil milhões de euros, 0,42% do RNB. O novo governo diz que cortará o financiamento gradualmente e levará em consideração os compromissos anteriores.