África é o principal campo de batalha do terrorismo mundial

O continente africano é hoje o principal ponto crítico do terrorismo mundial, referiram vários especialistas durante a 3ª Conferência de alto nível de chefes de agências de combate ao terrorismo que a ONU realizou em Nova Iorque, ontem e antes de ontem – dias 19 e 20 de Junho.

A África emergiu como principal campo de batalha para o terrorismo com um grande aumento de número de grupos activos a operar no continente, disse o assistente do Secretário-Geral da ONU para o Médio Oriente, Ásia e Pacífico, Khaled Khiari, observando que as fraturas políticas, económicas e sociais locais, as fronteiras porosas e a mobilização baseada na identidade, alimentaram o surgimento da Al-Qaeda e do grupo Estado Islâmico.

No painel de ontem, dia 20, sobre a avaliação das tendências e ameaças terroristas actuais e emergentes que reuniu peritos das ONU, da Interpol da Rússia, EUA e do Qatar, foi sublinhada a informação de que África regista metade das vítimas mortais do terrorismo. Quanto à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, os especialistas referiram que estas organizações continuam disseminadas, persistentes e activas noutros locais do globo.

A Interpol informou no encontro que o terrorismo ligado à ideologia de extrema-direita aumentou cerca de 50 vezes na última década, particularmente na Europa, América do Norte e em partes da Ásia-Pacífico. Os peritos veem outras tendências, por um lado a deterioração da segurança global que está a marcar a ameaça do terrorismo mais complexa e descentralizada, por outro os extremistas estão a utilizar cada vez mais tecnologia sofisticada, como drones e a inteligência artificial que abriram novas formas de planear e executar ataques.

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