Smarthphone accionado a voz revoluciona comunicações telefónicas em África

A Costa do Marfim, na África Ocidental, está a assistir a uma revolução na área das comunicações telefónicas. Alain Chapo Chichi, um empreendedor do vizinho Benin estabelecido na Costa do Marfim, é o responsável. Alain criou um smarthphone inteligente pensado para quem não sabe ler nem escrever.

O “Open G” “Geração aberta” – assim se chama o dispositivo – está equipado com um assistente de voz inteligente que fala, para além de inglês, francês e árabe, mais de 50 línguas africanas e permite comandos e pesquisas de voz personalizadas em Dioula, Baoule, Fon, Goun, Yoruba, Wolof, Swahili, Peul, Malinke, Bambara, Hausa, entre outras.

“Os nossos pais são actualmente incapazes de utilizar os smartphones que lhes são dados porque não sabem ler nem escrever. Lembro-me que o meu pai sempre me disse que ele não era burro, mas apenas analfabeto”, referiu Chapo Chichi. E continuou: “O analfabetismo é uma realidade em África. A maioria dos nossos pais não frequentou a escola. A ideia foi criar um telefone ligeiramente mais inteligente que lhes permita não escrever, mas simplesmente falar.”
Efectivamente o “Open G” tem um assistente activado por voz, KONE, equipado com inteligência artificial, permitindo aos utilizadores executar tarefas semelhantes às do Alexa da Amazon e do Siri da Apple.

A joia do grupo Cerco é fabricada numa Aldeia das Tecnologias de Informação e Biotecnologia (Vitib) em Grand-Bassam, na Costa do Marfim, por engenheiros marfinenses. Possui 2 GB de RAM e 32 GB de ROM. Um cartão de memória externo com uma capacidade de 16 GB é oferecido para completar o armazenamento.
Com a “Open G”, Alain Capo Chichi quer conquistar o mundo. Em um ano, a “Open G” deverá incluir mais de 1.000 línguas para cobrir todas as regiões de todos os países do continente africano.

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