Pedro Gonçalves quer levar Angola à final do CAN

O seleccionador nacional de Angola, o português Pedro Gonçalves, tem um sonho, agora que os Palancas Negras já atingiram os quartos de final. Quer, pela primeira vez na história do futebol angolano, chegar à final e depois…vencê-la, porque as finais não são só para se jogar, mas, sobretudo, para serem ganhas.

“Quem chega aos quartos de final, tem de almejar chegar o mais longe possível e este mais longe possível é chegar à final e, obviamente, tentar vencê-la”, referiu à agência Lusa, na segunda-feira, dia 29, no rescaldo da vitória diante da Namíbia. E acrescentou: “Só restam oito selecções. Há algum tempo eu disse que o objectivo era colocar Angola no top 10 de África. Neste momento estamos entre os primeiras oito melhores selecções.

Em relação ao adversário de amanhã, a poderosa Nigéria, Gonçalves é peremptório: “É um colosso do futebol africano, embora tenha apresentado algumas dificuldades antes do CAN. Mas é uma selecção cheia de jogadores talentosos, muitos deles a actuar na Premier League ou em ligas de referência na Europa, como são os casos da liga italiana e portuguesa.”

De acordo com Gonçalves, neste momento as Super Águias possuem um dos melhores jogadores do mundo, Victor Osimhen. “Eu próprio, nas votações da FIFA, também votei nele como um dos melhores jogadores do mundo. Vamos jogar contra uma selecção dotada de jogadores com muito talento, que imprime uma capacidade de jogo tremenda, alucinante, muita velocidade, especialmente derivado dos dois avançados, Osimhen e Lookman, que de facto transmitem uma grande vertigem ao jogo.”

Quanto ao apuramento de Angola para os quartos de final, fruto da vitória por 3-0 diante da Namíbia, Gonçalves disse que a sua equipa tem sabido superar os obstáculos, citando como exemplo a expulsão do guarda-redes Neblú, aos 16 minutos. “Conseguimos, num jogo que acabou por ter episódios críticos, dar uma boa resposta, nomeadamente o facto de ficarmos com menos um elemento ainda numa fase inicial da partida, uma adaptação muito bem conseguida.”

O técnico português adiantou que poucos acreditavam que Angola pudesse atingir esta fase da prova. “Ninguém diria que estaríamos aqui neste momento, contudo, nós dentro da equipa, sentíamos o nosso potencial, sabíamos do nosso crescimento, da nossa consistência. Eventualmente, para o exterior tenha sido surpresa as nossas prestações, mas, para nós, seguramente, não foi”, garantiu.

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