Angola é desde hoje sede do 16º CAN de natação

Angola é, a partir desta terça-feira, sede do 16º Campeonato Africano de Natação (CAN) em água pura e aberta, um evento que envolve pelo menos 300 atletas de 37 países participantes.

Segundo a Angop, para o efeito, a Piscina do Alvalade, na cidade de Luanda, foi eleita como palco do certame, consagrando o país como o 9º organizador da competição, cuja importância ganha relevo ao ser qualificada para os Jogos Olímpicos de Setembro/Agosto em Paris (França).

Este importante evento, a decorrer até ao dia 5 de Maio, já foi disputado em três ocasiões no Egipto (1974, 1982 e 2002) e na Tunísia (1977, 1990 e 2022).

Seguem-se, com duas organizações cada, Marrocos (2004 e 2010), África do Sul (2008 e 2016), Quénia (1998 e 2012) e depois a Argélia (2018), Senegal (2006), Ghana (2021) e agora Angola (2024).

Embora o país nunca tenha logrado organizar essa prova que envolve os mais importantes nadadores de África, nos últimos 10 anos acolheu dois Campeonatos Africanos da Zona IV, designadamente, em 2015 e em 2023.

Para o êxito da prova, estão engajados vários segmentos da sociedade, desde o Estado, por via dos ministérios da Juventude e Desportos (MINJUD) e das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH), da Federação Angolana de Natação (FAN), de patrocinadores e outros anónimos que representam valor acrescentado.

O CAN custa oficialmente 240 milhões de kwanzas aos cofres do Estado, mas outras forças foram agregadas, boa parte com participação em bens e serviços, não sendo, para já, possível quantificar o global necessário para a empreitada.

Entre os patrocínios, sem desprimor para os outros, destaca-se a Mota-Engil, que em colaboração com MINJUD e MINOPUH protagonizaram a maior reabilitação no histórico da Piscina do Alvalade, 58 anos depois de edificada.

Na piscina, totalmente reparada no interior e exterior, destaca-se a reabilitação do deck e colagem das pastilhas.

Hoje, dia do arranque do evento, o maior complexo de natação de Angola apresenta-se engalanado com painéis publicitários da Confederação Africana de Natação (CANA) e dos patrocinadores, conferindo ao imóvel o cenário próprio para ocasiões do género.

Segunda-feira, dia de reconhecimento oficial da piscina, várias vedetas do continente se fizeram presente, particularmente as de países como a África do Sul, Egipto, Argélia e Tunísia, além, obviamente, dos angolanos, cuja maior referência é Salvador Gordo.

Apesar de todo o favoritismo atribuído à África do Sul (campeã em título), à Argélia e ao Egipto, Angola, que participa com 17 atletas, está decidida em fazer história no quadro geral de medalhas e a obtenção de uma qualificação inédita numa edição de Jogos Olímpicos.

Até então, no cômputo de várias presenças no maior evento multidesportivo do mundo, nenhum nadador nacional logrou participar por via da obtenção dos mínimos exigidos. O convite (word card) para garantir a universalidade dos jogos tem sido a única hipótese.

Em seis presenças em fase final de um CAN, a maior colheita da Selecção Nacional ocorreu na edição do Ghana’2021, com seis medalhas de bronze.

Nadando em casa, com o apoio do público, familiares e amigos, os integrantes do combinado nacional nunca estarão isolados na tarefa de fazer história neste 16 Campeonato de Natação.

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