Ministra Ana Paula do Sacramento Neto pede mais respeito aos direitos da criança
A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, reconheceu, no domingo, durante o encerramento da peregrinação ao Santuário da Muxima, haver um desrespeito acentuado aos direitos da criança, vítima de agressões que se registam muitas vezes no seio de pessoas próximas.
Ana Paula do Sacramento Neto deu a conhecer que a instituiçao que dirige tem trabalhado no sentido de chamar a atenção aos adultos para terem as crianças nos seus lares, onde se sintam seguras e confiantes.
“Deve, toda a sociedade, cada um na sua área, sentir-se um verdadeiro vigilante, seja com o vizinho, com os transeuntes e com membros da comunidade. E devemos olhar para os pequenos como futuros guardiões do país”, referiu.
O governador provincial de Luanda destacou a peregrinação como um evento religioso que enaltece, não só a Igreja Católica e os peregrinos, mas, também, a província de Luanda, concretamente o município da Quiçama.
“Demonstra-se aqui, com este evento, que a parceria do Governo com as empresas é evidente e eficaz e deve continuar. Assistimos, também, a uma grande entrega dos fiéis, por ser um momento com o qual devemos continuar a preservar os valores, mas sublimes”, enfatizou.
Manuel Homem referiu que a protecção da criança deve merecer do Estado uma atenção especial, sublinhando que o futuro de uma criança depende do que se faz hoje com ela.
“Estamos empenhados em continuar perto destas iniciativas, para que continue a reinar a paz, o amor entre os irmãos e, sobretudo, um país que tenha desenvolvimento baseado na fé e na entrega de todos os que acreditam que a religião pode converter o cidadão”, disse o governador de Luanda.
Manuel Homem ressaltou que as obras sobre a requalificação do Santuário da Muxima estão num ritmo acelerado.
“Quando terminarmos estas infra-estrutura, estaremos a dar não só à Igreja, mas à província de Luanda um lugar para buscarmos Deus e um espaço para o turismo religioso poder acontecer de forma mais eficaz e organizado, e teremos um Santuário da Muxima mais agradável e acolhedor”, clarificou.
Oração final
A peregrinação terminou com uma oração final feita pelo bispo da Diocese de Viana, Dom Emílio Sumbelelo.
O prelado agradeceu publicamente ao Presidente da República, ao Governo de Luanda, aos órgãos de protecção civil e aos jornalistas por todo o trabalho e apoio antes, durante e no fim da peregrinação.
O Bispo agradeceu, também, ao Arcebispo de Luanda, Dom Filomeno Vieira Dias, e ao Bispo emérito de Viana, Dom Joaquim Ferreira Lopes, por se fazerem presentes na peregrinação à Muxima’2023, bem como aos deputados à Assembleia Nacional, sacerdotes e peregrinos provenientes de outros países, bem como à equipa de reportagem da Canção Nova.
Balanço positivo
O porta-voz da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, avançou, no momento de balanço da peregrinação, não se terem registado grandes ocorrências durante os três dias.
“As forças mistas da Polícia e do Exército foram instaladas nas estradas 230, 110 e 100, antes e depois do evento. O balanço foi positivo. Os números de fiéis estavam dentro das nossas expectativas e tendo em conta o trabalho das forças mistas, está tudo a correr bem e a permitir um controlo da movimentação desta moldura humana”, explicou.
As forças mistas integravam a Polícia, Exército e INEMA. “Foram acauteladas ao milímetro todas as medidas para que tudo corresse bem”, disse. Nestor Goubel disse que, em ralação ao ano passado, houve em 2023 um aumento de fiéis, com mais de dois milhões de crentes na peregrinação ao Santuário da Mamã Muxima.