INFOTUR acredita que o turismo pode ser o próximo petróleo de Angola

Segundo o director-adjunto do Instituto Nacional de Fomento Turístico de Angola, o turismo representa um vector privilegiado para a redução da pobreza e o crescimento do país.

“No futuro, o turismo pode se tornar o equivalente ao petróleo para Angola”. A afirmação é do director-adjunto do Instituto Nacional de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR), Nelson Kabenda, durante uma entrevista ao Jornal de Angola no último sábado, dia 4, na “Aldeia Camela Amões”, localizada no município de Cachiungo, na província de Huambo.

Durante a 4ª Excursão Turística e Académica promovida pela empresa “Criar Sabendo” nessa região, Kabenda, que foi um dos palestrantes do evento, destacou que a conhecida “indústria da paz” deve ser vista como um pilar fundamental para o desenvolvimento económico e “uma fonte de riqueza na diversificação da economia”.

No evento, com a presença de mais de 50 excursionistas, vindos de Luanda, na sua apresentação sobre o tema “Turismo em Angola: perspectivas e desafios”, o responsável ressaltou que o sector tem potencial para se tornar a próxima grande fonte de receita para o país, gerando empregos e fortalecendo os cofres do Estado.

Segundo o director-adjunto do Instituto Nacional de Fomento Turístico de Angola, o turismo representa, ainda, um vector privilegiado para a redução da pobreza e o crescimento do próprio país.

Na sua opinião,em face ao ambiente de paz que se desfruta em Angola há 21anos, o turismo deveria representar a alavanca para um rápido crescimento económico.Acrescentou, a esse respeito, que o desenvolvimento do sector em Angola ainda é embrionário e com poucas oportunidades, sobretudo a nível das províncias.

Durante a sua alocução, avançou que “Angola tem vantagens e oportunidades para transformar o turismo num sector estratégico, capaz de impulsionar o desenvolvimento económico e social, no sentido de proteger e valorizar os recursos ambientais”.

Nelson Kabenda considerou este e outros factores colaterais importantes para atrair o fluxo de turistas não somente nacionais, mas, também, estrangeiros.

Metas a atingir

Nelson Kabenda disse, por outro lado, que as principais metas a serem atingidas no âmbito do turismo passam, necessariamente, por colocar a Angola, entre os dez primeiros destinos turísticos a nível da África. “Entre estes factores é expectável que o turismo no país contribua com sete por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até ao ano de 2030”, disse.

Acredita que se trata de metas ” alcançáveis”, desde que se façam maiores investimentos a nível do sector. Não obstante, apontou que os investimentos hoje são exíguos, se se tiver em linha de conta o potencial turístico do país.

” Com políticas bem direccionadas e uma estratégica planificada de forma eficaz, Angola pode realmente atingir este desiderato, valorizando o seu fomento e transformar o turismo num sector mais bem sucedido”, atirou.

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