Executivo prepara plano de contingência ambiental

O Executivo, através dos ministérios do Ambiente, Saúde, Agricultura e Pescas, prepara, desde segunda-feira, na localidade do Panguila, município do Dande, província do Bengo, um vasto plano nacional de contingência ambiental.

O plano em discussão pretende dar respostas às emergências ambientais, incluindo riscos químicos que possam causar impactos negativos no ecossistema nacional, em caso de ocorrência de desastres naturais.

O encontro, com duração de cinco dias, reúne técnicos dos sectores do Ambiente, Saúde, Agricultura e Pescas de sete províncias, nomeadamente Bengo, Cabinda, Cunene, Huambo, Luanda, Lunda-Norte e Zaire. Os técnicos têm a missão de preparar e elaborar um plano nacional único que visa mitigar os efeitos negativos sobre o ambiente, na eventualidade de calamidades no país.

Durante o encontro, os técnicos vão analisar, ainda, temas relacionados com a elaboração do plano de respostas emergenciais, enquadramento geral do Projecto REDISSE IV, programa do Ministério da Saúde de vigilância de doenças, que visa, também, fortalecer o sector sanitário. Os participantes vão, igualmente, rever os documentos de base (legislação, programa e estratégias existentes a nível do sector ambiental nacional e internacional), como guia para a elaboração do documento final, principais eventos ambientais que o país registou nos últimos dez anos, bem como os principais eventos ambientais que constarão, a partir de agora, no plano operacional nacional.

A directora-geral do Instituto Nacional de Gestão Ambiental, Hossana Octávio Lima, disse que Angola é um dos países da África Subsahariana que mais sofre com os impactos das alterações climáticas extremas, como inundações e secas.

Hossana Lima acrescentou que o impacto dos desastres sobre os subsistemas e ecossistemas estão em ascensão, e tem comprometido todo o processo de desenvolvimento levado a cabo pelo Executivo, através de perdas económicas, comprometendo, desta forma, os esforços para o desenvolvimento sustentável do país.

“Por estes motivos, Angola acompanha, desde 2015, a consolidação da estratégia de prevenção, mitigação, resposta e recuperação, em eventuais situações de desastres que possam ocorrer”, disse.

A responsável sublinhou que os fenómenos adversos do país como a seca e inundações, que causam grandes problemas ao ecossistema, têm merecido atenção do Executivo, com a criação e implementação de projectos em sistemas de alerta prévio, que possam garantir que as comunidades sejam informadas das ameaças que estão sujeitas, bem como dos mecanismos de resposta para salvaguarda de vidas humanas e seus meios de subsistência.

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