Daniel Chapo e Frelimo, oficialmente declarados vencedores das eleições gerais em Moçambique

Conforme previsto, na tarde de ontem, dia 24, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro tendo declarado Daniel Chapo, candidato do partido Frelimo, no poder, vencedor das presidenciais com 70,67% dos votos. Também nas legislativas o partido Frelimo conseguiu 195 assentos, conquistando largamente a maioria dos lugares.

Numa comunicação de mais de duas horas, o presidente da CNE, Carlos Matsinhe, apresentou os números da vitória do candidato presidencial da Frelimo com mais de 50% dos votos em todos os círculos eleitorais do país, obtendo no total 4.912.762 votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, ficou em segundo lugar, com 20,32%, somando 1.412.517 votos.

Ossufo Momade, presidente da Renamo, até agora maior partido da oposição, ficou na terceira posição com 403.591 votos, o que representa 5,81% dos votos, seguido de Lutero Simango, presidente do MDM, terceiro partido representação parlamentar, com 3,21% dos votos, ou seja, um total de 223.066 dos sufrágios.

A Frelimo partido no governo há 50 anos também conseguiu maior número de mandatos no parlamento neste processo que fica marcado pelo elevado índice de abstenção que se fixou em 56.52%. Com efeito, de acordo com a CNE, sobre os cerca de 17 milhões de eleitores chamados às urnas, votaram 43,48%.

A cerimónia de divulgação dos resultados eleitorais das sétimas eleições gerais de 9 de Outubro contou com a presença dos representantes das formações políticas concorrentes, observadores incluindo internacionais um acto que decorreu no Centro Internacional de Conferencias Joaquim Chissano em Maputo.

Refira-se ainda que os resultados destas eleições que abrangeram as sétimas presidenciais, em simultâneo com legislativas e votações para as assembleias e governadores provinciais, terão ainda de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

O anúncio dos resultados eleitorais aconteceu num contexto de grande expectativa e tensão, depois do assassínio na passada sexta-feira do advogado e mandatário do candidato presidencial Venâncio Mondlane que tem contestava a vitória – já anunciada em resultados preliminares – de Daniel Chapo.

Uma primeira jornada de greve e manifestação convocada na segunda-feira por Venâncio Mondlane resultou em pelo menos 16 feridos, segundo fontes hospitalares. O candidato presidencial de oposição que, à semelhança de outras forças políticas e de observadores eleitorais, denunciou fraudes eleitorais em larga escala, convocou mais dois dias de protesto, ontem, quinta-feira, e hoje, sexta-feira.

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