Adaptação de África às alterações climáticas custa 227 mil milhões USD/ano

Relatório indica que serão necessários pelo menos 277 mil milhões USD anuais para permitir aos países africanos implementar contribuições a nível nacional. Em 2020, a África recebeu apenas 30 mil milhões USD em financiamento para o clima.

O financiamento às adpatações necessárias às alterações climáticas deve ser multiplicado por nove em África. Esta é a principal conclusão de um relatório recentemente publicado pela Climate Policy Initiative, um grupo de investigação independente com sede em São Francisco, nos Estados Unidos da América. O relatório é o resultado de um estudo encomendado pela Financial Sector Deepening Africa (FSD Africa), a Children’s Investment Fund Foundation e a UK Aid.

De acordo com o relatório, serão necessários pelo menos 277 mil milhões de dólares anuais para permitir aos países africanos implementar contribuições a nível nacional. Em 2020, a África recebeu apenas 30 mil milhões de dólares em financiamento para o clima, dos quais 50% foram atribuídos a 10 países. Estes são o Egipto, Marrocos, Nigéria, Quénia, Etiópia e África do Sul.

No entanto, todo o continente africano é afectado pelos efeitos das alterações climáticas, especialmente o Corno de África, onde milhões de pessoas perderam o seu meio de subsistência devido à seca, que se espera que continue pelo quarto ano consecutivo, segundo a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).

“É provável que o fosso seja ainda maior. Os países subestimam frequentemente os seus objectivos de financiamento climático, especialmente para a adaptação, devido a dados e problemas metodológicos nos custos dos seus CND”, diz a FSD África.

 

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