Produção de energia no país cresceu de 4,9 para 6,2 gigawatts

O país registou um crescimento na capacidade de produção de energia de 4,9 gigawatts, em 2018, para 6,2 gigawatts, em 2022, de acordo com conclusões do 12º Conselho Consultivo do Ministério da Energia e Águas, que terminou, ontem, em Benguela.

Os participantes ao encontro realçaram, também, o crescimento dos quilómetros de linha de alta tensão com a interligação do Sistema Norte e Centro.
O aumento da taxa de acesso de energia eléctrica em todo o país, de 36 por cento para 46 por cento, é outro ganho realçado pelos participantes ao Conselho Consultivo, além da criação Águas nas 18 províncias do país, conforme o comunicado final lido pelo porta-voz, Lau Fortunato.

A necessidade de as Empresas Públicas Águas (EPA) trabalharem no aumento da capacidade de produção até às zonas com défice acentuado, bem como no aumento das ligações domiciliares para melhorar a carteira de clientes e sustentabilidade das mesmas foram algumas das recomendações do encontro, orientado pelo ministro João Baptista Borges.

Os participantes recomendaram, ainda, que as EPA tenham em atenção a proporcionalidade do rácio número de trabalhadores versus número de clientes, para melhor sustentabilidade das mesmas, bem como o acesso à melhoria de energia.

Todas empresas deverão olhar continuamente à necessidade de capacitação profissional, ao mesmo tempo que se expandem as infra-estruturas e serviços, assegurando, assim, a sustentabilidade do serviço do sector, lê-se no comunicado.

Os participantes recomendaram, ainda, que o excedente energético seja comercializado a preços competitivos no mercado regional, bem como que as concessionárias do sector contribuam para a promoção e desenvolvimento industrial e expansão do acesso.

A necessidade de se trabalhar no sentido da interligação dos sistemas Centro-Sul e Norte-Leste, com particular atenção à Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, bem como a formação e capacitação humana, também fazem parte das recomendações.

Para o efeito, o sector tem um centro de formação que poderá ser melhorado, a fim de atender as necessidades das empresas no capítulo de capacitação, reduzindo-se os custos com a formação no exterior do país de grupos numerosos de técnicos.

Os participantes recomendaram, também, a necessidade de se fazer uma análise da criação de uma academia de formação que integre os centros de formação das águas. Durante o Conselho Consultivo, os participantes visitaram a central fotovoltaica do Biópio, onde tiveram contacto com a imponência do projecto, bem como o seu funcionamento. No local, constataram a limpeza mecanizada de painéis solares e o ministro da Energia e Águas inaugurou a central da região centro, no Lobito.

Durante os dois dias, os participantes partilharam conhecimentos que visam concorrer para a melhoria do fornecimento de electricidade e água.

“Acesso e melhoria de qualidade dos serviços de água”, “Acesso e melhoria na qualidade dos serviços de energia”, “Atracção de investimento, modelo de mercados, deficiência dos tarifários e sustentabilidade das despesas” foram alguns dos temas discutidos.

Definição de planos

Ao encerrar o encontro, o ministro da Energia e Águas defendeu a definição de planos de investimentos que possam atingir os objectivos preconizados.

João Baptista Borges disse ser importante levar adiante as acções de investimentos que são necessárias, acompanhar projectos, assegurar que as soluções são as mais indicadas.

“É preciso vermos, na perspectiva de médio e longo prazo, o crescimento dos sectores da Energia e Águas, olhar para eles daqui a 10 ou 20 anos, a fim de se saber para onde estamos a caminhar”, defendeu.

Participaram do evento, vice-governadores das províncias de Benguela, Bié, Cunene e Lunda-Sul, representantes dos Ministérios da Agricultura e Florestas, dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, do Ambiente, da Indústria e Comércio, representantes dos órgãos centrais dependentes do Ministério da Energia e Águas, entre outros, totalizando 224 participantes.

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