Mais de 370 empresas aderem ao “Selo Feito em Angola”

O Instituto Nacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) tem o registo de 372 empresas que aderiram ao “Selo Feito em Angola”, das quais 316 produtoras de bens e 56 prestadoras de serviços.
Segundo dados fornecidos pelo INAPEM, a maior parte das empresas actua na província de Luanda, e a Indústria é o sector que mais se destaca.
Em declarações à imprensa, o presidente do Conselho de Administração do INAPEM, João Nkosi, mostrou-se satisfeito com os resultados do processo, tendo realçado que no ano passado, antes do programa de reestruturação de 2022, o país tinha o registo de menos de 131 produtos com a marca “Feito em Angola”.
Fruto desta nova dinâmica, João Nkosi disse que hoje a instituição tem 1.536 produtos cadastrados, dos quais 1.508 aderiram ao “Selo Original” e 28 ao “Selo Verde”.
O Selo Original é aplicável para impressão a cores no rótulo dos produtos e nas peças de comunicação das empresas aderentes ao “Selo Feito em Angola”, diferente do Selo Verde que é destinado aos rótulos dos produtos ecológicos, orgânicos, biodegradáveis e produtos sustentáveis, que resultem da adopção de processos de produção e de tecnologia verde.
“Os trabalhos estão a decorrer dentro da normalidade, o INAPEM vai continuar a incentivar os promotores a participarem em feiras, promover cada vez mais os produtos feitos em Angola, no sentido de aderirem aos vários benefícios promovidos pelo Governo”, frisou.
João Nkosi sublinhou que outro benefício é que as empresas aderentes ao processo podem junto das instituições públicas terem a prioridade no âmbito da venda ou da compra dos produtos.
E, sempre que um organismo público efectuar o lançamento do concurso público à “luz das Medidas de Estímulo à Economia”, a prioridade recai aos produtos com o “Selo Feito em Angola”. O processo, que teve início em 2022, através do Decreto Presidencial n.º 160/22, de 17 de Junho, foi criado para promover as empresas enquanto instrumentos de sustentabilidade da economia, estimular a competitividade das empresas nacionais, bem como prover a qualidade dos produtos nacionais.
O “Selo Feito em Angola” tem como objectivo mobilizar as empresas para o desígnio do crescimento económico, procurando melhorar a competitividade dos bens, serviços e produtos nacionais.
Economia circular
O INAPEM deu início ao processo de promoção do “Selo Verde” no sentido de promover questões ecológicas e também fruto da grande adesão de jovens empreendedores associados em cooperativas que apostam na economia circular.
Segundo João Nkosi, até agora, estão registados 29 operadores que actuam nesta área, e que foram beneficiados de financiamento, num montante acima de 400 milhões de kwanzas. O PCA do INAPEM destacou a necessidade dos operadores aderirem ao “Selo Feito em Angola” e ao Certificado das Micro, Pequenas e Médias Empresas.
“Muitos bancos, que têm operacionalizado esta iniciativa, decidiram como prioridade os promotores que certificaram e aderiram ao Selo Feito em Angola”, frisou João Nkosi, que garantiu continuar a trabalhar e apoiar os jovens empreendedores, para o surgimento de mais médias e pequenas empresas.