Ghazouani reeleito presidente da Mauritânia

Segundo o sítio Web da comissão eleitoral, o Presidente obteve 56% dos votos, derrotando seis candidatos da oposição. Em segundo lugar ficou o activista anti-escravatura Biram Dah Abeid com 22%, enquanto Hamadi Sidi el-Mokhtar do partido islamista Tewassoul, ficou em terceiro lugar com 13%.

O Presidente, um antigo chefe do exército, é considerado o responsável pela estabilidade criada desde a sua primeira eleição, há cinco anos, após décadas de agitação política e frequentes golpes de Estado.

Ghazouani, tem sido aliado dos parceiros ocidentais, como a França e os EUA, mas também tem mantido laços com os países vizinhos liderados por juntas militares, incluindo o Mali, o Burquina Faso e o Níger, que se têm aproximado da Rússia nos últimos anos.

A Mauritânia tem evitado largamente as insurreições islamistas que afectam os Estados vizinhos do Sahel.

No domingo, dia 30, Abeid disse que não reconhecia os resultados, apelidando-os de “golpe eleitoral”. “Não vamos aceitar estes resultados da chamada comissão eleitoral independente. Vamos usar a nossa própria comissão eleitoral para proclamar os resultados”, disse Abeid aos jornalistas, citado pela agência noticiosa AFP.

Abeid, cujos avós eram escravos e que passou grande parte da sua vida a fazer campanha contra esta prática no país, concorreu à presidência pela terceira vez. Ficou em segundo lugar nas eleições de 2019, igualmente ganhas por Ghazouani. Abeid e outros candidatos da oposição alegaram irregularidades nessas eleições, o que levou a protestos de pequena escala.

Antes das eleições deste ano, o candidato que ficou em terceiro lugar, Mokhtar, avisou que o seu partido não aceitaria os resultados se houvesse fraude, informou a AFP.

Refira-se que a taxa de participação eleitoral foi de 55%, de acordo com o sítio Web da comissão eleitoral.