Camponeses reintroduzidos na variedade nativa de sementes de trigo
O presidente da cooperativa do Vale do Calai no município da Caála, Domingos Capita, pediu hoje, sexta-feira, ao Governo do Huambo, a reintrodução da variedade nativa da semente de trigo, em substituição da zambiana.
O responsável, que falava à ANGOP, disse que a espécie deverá substituir a que já existe, adquirida na República da Zâmbia e que havia sido distribuída a três mil camponeses, filiados na comparativa do Vale do Calai, por inadaptação ao clima e ao solo da região.
Em consequência disso, explicou, na época passada os camponeses colheram apenas cinco mil toneladas, das 500 mil previstas, numa área de 250 hectares.
Domingos Capita disse que as sementes nativas de trigo são as mais resistentes, daí a necessidade de se solicitar estas espécies para a promoção da actividade agrícola na região, visando a produção em grande escala.
Manifestou o desejo dos camponeses em continuar apostar na produção do trigo, para responder, positivamente, aos desafios do país, focados na transformação industrial deste cereal, para o fabrico de farinha e massa alimentar.
Refira-se que o município da Caála, no corredor Oeste da província do Huambo, conta com uma fábrica de processamento de 120 toneladas de trigo/dia e 60 mil de milho, adquiridos aos fazendeiros e comparativas de camponeses.
Para além da cultura do trigo, a cooperativa do Vale do Calai, na comuna da Calenga, a 10 quilómetros da cidade da Caála, produz, igualmente, milho, feijão, soja, batata-rena e hortícolas diversas.