“Camaradas” lamentam a morte do rei Buba Nvula

O Bureau Político do Comité Central do MLPA lamentou, segunda-feira, a morte do soberano do Ndongo, rei Buba Nvula Dalama, ocorrida a oito deste mês, por doença, na sua residência oficial, aos 101 anos.

Em comunicado distribuído aos órgãos de comunicação social, o MPLA refere que a morte do soberano do Ndongo, descendente de Njinga Mbandi, representa a perda de uma parte da memória colectiva social e cultural de Angola, pelo que a sua memória deve ser eternizada nos relatos da angolanidade

Segundo o comunicado, pela ocorrência a poucos dias depois do povo de Malanje ter perdido um outro filho da terra, o Bureau Político endereça à família, em particular, e ao povo da província de Malanje, os profundos sentimentos de pesar.

Natural do Ndongo, regedoria de Ndala Mana, comuna de Mbanje-a-Ngola, município de Cahombo, o rei Buba Nvula observou todo o percurso até ao mais alto trono, tendo sido sobeta, soba Kissanga Mbande, no município de Massango, posteriormente regedor de Mbanje a Mbingue, localidade de onde saiu para assumir a mais alta distinção da corte do Reino do Ndongo, com o título de rei Ngola Kiluanje kya Samba, desde 1993, com residência fixa no sector de Cabombo (Corte Real dos Ngolas), no município de Marimba.

O seu reinado, de cerca de três décadas, ficou marcado pela qualidade de ser aberto ao diálogo, ao ponto de ter suprimido certos rituais tradicionais. Defensor da educação dos jovens e de outros valores dos seus povos, o rei Buba Nvula Dalamana manteve vários encontros com os órgãos de decisão política do país, visando a busca de soluções para a melhoria das condições sócio-económicas da região, que dirigiu com assinalável sentido de humanismo e defesa dos valores sagrados do reino, refere o comunicado.

Resignado, diz ainda a mensagem, o Bureau Político do Comité Central do MPLA inclina-se perante a sua memória, manifestando votos de eterno descanso.

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