BODIVA e FACRA vão apoiar PME
Um Memorando de Entendimento, que visa desenvolver soluções financeiras alinhadas às necessidades específicas das Pequenas e Médias Empresas (PME) nacionais, tendo em conta as especificidades e atribuições de ambas instituições, foi assinado recentemente em Luanda.
Com esta iniciativa, a BODIVA e o FACRA pretendem identificar PME com potencial e interesse em financiarem-se via mercado de capitais e/ou capital de risco e, deste modo, apoiá-las com acções de capacitação técnica, que as auxiliem no percurso necessário para a obtenção do financiamento dos seus projectos, através da emissão de acções ou obrigações.
Consta ainda dos objectivos, ajudar a desenvolver as empresas, a melhoria da organização contabilística e financeira e o seu nível de reporte.
Por outro lado, o referido memorando vai ainda possibilitar a venda de participações sociais (acções) de PME detidas pelo FACRA, através da abertura do seu capital em bolsa.
Segundo uma nota da BODIVA citada pela Angop, o memorando foi assinado pelo presidente da Comissão Executiva da BODIVA, Walter Pacheco, e pelo coordenador da Comissão de Reestruturação do FACRA, em acto testemunhado por representantes das duas instituições.
O documento refere ainda que a aproximação entre as duas instituições surge no âmbito do lançamento do segmento de PME em Outubro de 2022, e interesse da BODIVA e do FACRA na criação de soluções financeiras que sejam inclusivas para as Pequenas e Médias Empresas. No acto, as partes falaram sobre a importância da iniciativa, a necessidade de se criar parcerias do género para o crescimento e desenvolvimento da economia nacional, bem como os benefícios que o presente memorando irá proporcionar ao alvo principal – as PME.
A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) é uma instituição pública criada a 19 de Dezembro de 2014, sediada na cidade de Luanda. Trata-se de uma entidade gestora cujas responsabilidades passam por assegurar a transparência, eficiência e segurança das transacções nos mercados regulamentados de valores mobiliários, com o objectivo de estimular a participação de pequenos investidores e a concorrência entre todos os operadores.
Já o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), criado em 2012 pelo Estado angolano, tem como propósito financiar as Pequenas e Médias Empresas.