Angola empenhada em fazer do planeta um bom lar para todos
Angola conta com uma estratégia ambiciosa da preservação da biodiversidade e sustentabilidade ambiental.
O objectivo é garantir a resiliência dos ecossistemas que prestam serviços essenciais e contribuem para o bem-estar da população até 2025, de acordo com a directora do Instituto Nacional de Biodiversidade e Conservação (INBC), Albertina Nzunzi.
A estratégia começou a ser implementada desde 2019. Visa implementar projectos de expansão e fortalecimento das áreas de conservação, criação da primeira área de conservação marinha em Angola e acabar com a caça furtiva e dos conflitos entre humanos e animais, decorrentes da invasão do habitat um do outro.
Neste sentido, desde 2019 que têm sido realizadas acções de sensibilização entre as comunidades para a conservação das zonas húmidas e das suas espécies em todo o território nacional, bem como a formação sobre crimes ambientais e a sua legislação.
Além desta estratégia que tem vindo a ser seguida, Angola conta com um livro sobre biodiversidade, com informações dos últimos dois séculos sobre a flora e fauna angolana, editado por especialistas africanos, europeus e norte americanos e com prefácio do Presidente João Lourenço.
Intitulado “Biodiversidade de Angola – Ciência e Conservação: Uma Síntese Moderna”, o livro comporta 20 capítulos e mais de 700 páginas e contou com quatro editores, nomeadamente o ambientalista angolano, Vladimir Russo, e o português Nuno Ferrand de Almeida e 46 outros colaboradores de vários países.
O livro, editado em inglês e português, foi apresentado durante uma conferência sobre Biodiversidade de Angola promovida pela Fundação Kissama, no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda.
Na ocasião, Vladimir Russo referiu que o documento contém informações da biodiversidade angolana “desde os anos de 1800” e confirma a existência de muitos dados sobre as espécies da flora e fauna do país.
De acordo com o responsável, a rica biodiversidade angolana é uma das constatações do livro, acrescendo-se a “necessidade de se fazer mais investigação”.
Angola continua a trabalhar na recuperação e contínuo fortalecimento da conservação e salvaguarda da biodiversidade, em linha com o que está definido na “Estratégia Nacional da Biodiversidade” e o seu plano de acção que visa garantir, até 2025, que os ecossistemas sejam resilientes, fornecendo serviços essenciais e contribuir para o bem-estar da população.
A estratégia em curso assenta nas metas do PDN 2018/2022 e na Estratégia Nacional a Longo Prazo, Angola 2020/2025, para manter os serviços de ecossistemas, manutenção de um ambiente sadio e não poluído e partilha de benefícios essenciais para todos.
Estes dois documentos é uma demonstração clara de que Angola olha para a preservação da biodiversidade como a base que sustenta toda a vida na terra e na água, sendo que a não preservação afecta todos os aspectos da saúde humana ao fornecer ar e água limpos, alimentos nutritivos, medicamentos e resistência natural a doenças.
Ao preservar a biodiversidade, Angola demonstram também o seu comprometimento em cumprir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que tem como propósito estimular esforços para que, até 2030, todas as acções sejam aplicadas universalmente, e assim contribuam para o fim de todas as formas de pobreza, promovam a luta contra as desigualdades e combatam as alterações climáticas, assegurando que ninguém seja deixado para trás.
É assim que Angola ratificou e implementa os mais importantes instrumentos legais internacionais, relacionados com o desenvolvimento sustentável, incluindo as convenções das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, Alterações Climáticas, Desertificação, Protecção da Camada do Ozono, Gestão de Resíduos Perigosos, Poluentes Orgânicos Persistentes, Zonas Húmidas, Produtos Tóxicos, entre outros instrumentos que colocam o país na linha da frente em fazer do planeta um bom lar para pessoas, plantas e animais.