Angola assume presidência rotativa Comité Ministerial da Saúde da SADC

Angola assumiu, terça-feira, em Luanda, a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), durante a Reunião Conjunta dos Ministros da Saúde e dos Ministros de Tutela do Combate ao VIH e SIDA da SADC.

Na ocasião, a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, considerou que esta posição impõe algumas responsabilidades, não só para o Governo, mas também para os Estados membros, no quadro do combate às grandes endemias.

Durante o acto, Sílvia Lutucuta tornou-se, também, membro do secretariado do E8, por um período de três anos, projecto que visa a erradicação da malária da região até 2030.

Além das grandes preocupações da organização que passam pela tuberculose, malária e o VIH Sida, a reunião abordou, igualmente, temas relacionados a má nutrição, logística de medicamentos, regulamentação de medicamentos, saúde materno infantil, luta contra a violência sexual em raparigas e mulheres, bem como o capital humano que também tem sido uma das grandes inquietações.

Para a ministra, a agenda de trabalho foi bastante rica em torno dos temas com 14 pontos, tendo sido adoptadas 24 decisões no sentido de chamar atenção aos Estados em relação à estratégia de combate a estas doenças.

“Devemos olhar para as metas, para o reforço da vigilância epidemiológica, planos estratégicos relacionados com estas doenças e também o alerta em relação à prevalência das doenças em vários países”, afirmou.

Neste contexto, a ministra afirmou que o Executivo angolano tem dado prioridade ao sector social, particularmente, à Saúde, com um significativo investimento em capital humano, com ingresso de novos profissionais de saúde, a melhoria do acesso aos serviços de saúde, aos medicamentos e a reabilitação e ampliação de unidades sanitárias.

Não obstante, Sílvia Lutucuta reconheceu que há ainda “muito por melhorar” para se alcançar um Sistema de Saúde resiliente e sustentável, que proporcione um acesso equitativo aos cuidados de saúde para a população.

“O VIH Sida é uma problemática que estamos a combater há décadas e que ainda apresenta desafios significativos em termos de prevenção, tratamento e estigma”, sublinhou.

Quanto à malária, referiu que é responsável por 95 por cento de casos de óbitos na região, situações que impõem a urgência em acelerar a implementação de intervenções efectivas.

“Precisamos de ampliar os nossos esforços preventivos, incluindo, entre outras acções, a preparação dos nossos países para a introdução de vacinas com alta eficácia contra a malária nos programas de vacinação de rotina”, disse a ministra.

Apesar da incidência da tuberculose ter diminuído na região no período de 2016 a 2021, situando-se em 13 por cento, Sílvia Lutucuta realça que a doença continua a ser um problema para o sector, “sendo crucial reforçar a cobertura de diagnóstico e tratamento observado, com recursos adequados, pessoal qualificado, equipamento de diagnóstico e tuberculostáticos para avançarmos rumo ao objectivo de pôr fim à tuberculose”.

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