Afreximbank anuncia novo investimento de 1,4 mil milhões de dólares em Angola

O Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank) tem preparada uma nova carteira de investimentos para Angola avaliada em 1,4 mil milhões de dólares.
De acordo com o jornal de Angola o anúncio foi feito, segunda-feira, dia 29, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração daquela instituição financeira, Benedict Okey Oramah, no final da audiência com o Presidente da República, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta.
Benedict Okey Oramah não precisou as áreas em que os valores vão ser canalizados, mas lembrou que o Afreximbank já investiu, nos últimos anos, no país, cerca de 2,3 mil milhões de dólares.
“O cenário aqui é bastante encorajador e resulta do desenvolvimento que Angola tem estado a percorrer nos últimos anos”, declarou Benedict Okey Oramah, para quem este cenário não se verificava no passado. “Por isso, para nós, é gratificante esta oportunidade de estarmos a ajudar o Presidente da República e o Governo de Angola a alcançar a sua ambição em termos de desenvolvimento do país”, frisou.
Em termos concretos, o economista nigeriano fez saber que o Afreximbank já apoiou, financeiramente, em Angola, o projecto da Refinaria de Cabinda e está, neste momento, em vias de apoiar, também, a Refinaria do Lobito, onde disse já terem começado com a assistência em termos de apoio necessário.
Entre os projectos que a instituição financeira apoia em Angola, Benedict Okey Oramah disse que a Fábrica de Fertilizantes do Soyo é a mais importante.
Avaliada em mais de 2 mil milhões de dólares, esta fábrica de fertilizantes, cuja conclusão está prevista para 2027, vai dispor de uma capacidade de produção anual de 1,3 milhões de toneladas de fertilizantes nitrogenados, mais conhecido por Ureia, cujo fim passa por manter o crescimento e o desenvolvimento saudável de raízes, caules e folhas. A Ureia, fertilizante sólido com a maior quantidade de nitrogénio, é muito utilizado na adubação de plantas, devido à sua eficácia na produtividade.
A inexistência de um fabricante do produto no mercado interno, leva o país a importar, todos os anos, mais de 300 mil toneladas de fertilizantes Ureia, para cobrir as necessidades internas.