Taco a taco nas eleições da Libéria com 75% dos votos apurados

O Presidente da Libéria, George Weah, e o seu rival, Joseph Boakai, estão tecnicamente empatados, com os votos de quase 73% das assembleias de voto apurados, de acordo com o anúncio feito hoje, dia 16, pela Comissão Nacional de Eleições.
George Weah contava com 43,8% dos votos, enquanto Joseph Boakai estava com 43,5%. Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos, haverá lugar a uma segunda volta.
Weah, antiga estrela do futebol, venceu a segunda volta nas eleições de 2017 com 61,5% contra 38,5% de Boakai. Nesse pleito, Weah venceu a primeira volta com 38,4% dos votos, contra 28,8% de Boakai, o que revela que Boakai está a ter um desempenho melhor nestas eleições. A segunda volta, a acontecer, terá lugar a 7 de Novembro.
Mais de 2,4 milhões de liberianos, muitos deles eleitores pela primeira vez, nascidos após as guerras civis de 1989-2003, registaram-se para eleger o Presidente, os membros da Câmara dos Representantes e metade do Senado.
Os observadores eleitorais locais e regionais relataram a realização de eleições pacíficas e uma elevada taxa de participação em todo o país, mas referiram problemas como atrasos na votação em algumas assembleias de voto.
Apesar da lentidão do anúncio dos resultados, a CEDEAO, bloco regional da África Ocidental de que a Libéria é membro, pediu aos liberianos que “continuem a exercer a máxima contenção enquanto aguardam os resultados oficiais provisórios.” A CEDEAO também disse estar ciente das “tentativas de algumas partes interessadas da Libéria de declarar vitórias prematuras ou exercer pressão indevida sobre a Comissão Nacional de Eleições.”
Segundo analistas, esta poderá ser a última tentativa de Boakai, de 78 anos, chegar à presidência. Boakai, um antigo vice-presidente, lançou a sua campanha sob o lema “Resgate”, argumentando que o Estado da África Ocidental entrou em declínio durante os primeiros seis anos de mandato de Weah.
Weah, 57 anos, rejeitou as afirmações de Boakai, dizendo que fez progressos significativos no seu primeiro mandato, incluindo a introdução de propinas gratuitas para os estudantes universitários.
O secretário-geral do partido de Weah, a Coligação para a Mudança Democrática (CDC, sigla em inglês), no poder, Jefferson Koijee, excluiu na semana passada a possibilidade de Weah perder, mas disse que o presidente aceitaria o resultado porque “a paz no país está acima de tudo.”