Rússia vai derrotar as forças do mal, diz Kim Jong-Un

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, voltou a encontrar-se hoje, quarta-feira, 13 de Setembro, com o presidente russo, Vladimir Putin, quatro anos depois da última visita, em 2019.
“Estou convencido de que o heroico exército e o povo russo, que herdaram brilhantemente as tradições de vitória, demonstrarão dignidade e honra em duas frentes: na operação militar especial e na construção de um Estado forte”, disse Kim.
O líder da Coreia do Norte brindou às “novas vitórias da Grande Rússia”, citado pelas agências russas e internacionais. O almoço seguiu-se a conversações entre os dois líderes no cosmódromo russo de Vostochny, na região siberiana de Amur, no extremo oriente da Rússia.
Kim adiantou que tenciona construir relações estáveis e duradouras com a Rússia com a ajuda do chefe do Kremlin. “Vamos encorajar a construção de Estados fortes nos nossos países e manter uma verdadeira estabilidade internacional”, afirmou.
Quanto ao conteúdo das conversações com Putin, que duraram mais de duas horas, Kim disse que discutiram em profundidade a “situação política e militar na Península Coreana e na Europa”. “A nossa visita actual ocorre num momento de confronto feroz na arena internacional entre os progressistas e os reacionários, entre a justiça e a injustiça, bem como a construção de um mundo multipolar”, acrescentou o líder norte-coreano.
Vladimir Putin, após brindar ao “futuro reforço da amizade e da cooperação” entre os dois países, lembrou que a Rússia – então União Soviética – foi o primeiro país do mundo a reconhecer a República Popular da Coreia, há exactamente 75 anos. Depois, socorreu-se de um antigo provérbio russo para elogiar a amizade com Kim: “Um velho amigo é melhor do que dois novos.”
Entretanto, os Estados Unidos já advertiram a Coreia do Norte de que sofrerá consequências se fornecer armamento à Rússia para a guerra contra a Ucrânia.