Reservas externas atingem 15,51 mil milhões USD
Os Activos Externos do país atingiram no exercício económico de 2021 um total de 15,51 mil milhões de dólares, representando uma expansão anual de 4,27 por cento, face aos 14,88 mil milhões registados em 2020.
Os activos externos são os valores de disponibilidade imediata sob o controlo da autoridade monetária, destinados a cobertura dos desequilíbrios da Balança de Pagamentos e servir de suporte às intervenções do Banco Central no mercado cambial de modo a influenciar a taxa de câmbio.
Dados do Banco Nacional de Angola (BNA), na vertente do risco de mercado, o Value at Risk (VaR) total foi de 238,49 milhões de dólares em 2021, permanecendo abaixo do valor de perda potencial estimada para 2020 de 414,73 milhões de dólares.
A maturidade média da carteira dos Activos Externos desceu para 1,13 anos em 2021, comparativamente a média de 1,68 anos de 2020. No entanto, o nível do risco de crédito permaneceu reduzido, com cerca de 75,77 por cento dos Activos Externos a registar uma classificação de investimento de alta qualidade e baixo risco.
O saldo líquido entre o volume dos factores de expansão e de contracção das reservas internacionais totalizou um valor negativo de 857,79 milhões de dólares, representando uma significativa melhoria face ao saldo negativo de 3,96 mil milhões de dólares observados em 2020.
Por um lado, os factores de expansão somaram 10,04 mil milhões de dólares, sendo compostos sobretudo pelas receitas dos sectores petrolíferos e diamantíferos, recursos da escrow Account e financiamentos obtidos.
Por outro lado, o volume anual dos factores de contracção totalizou 10,90 mil milhões de dólares, acomodando sobretudo as despesas da CUT4 -ME e pelos desembolsos do serviço da dívida.
Renda Fixa
Estes activos constituíram parte relevante da carteira de investimentos, com um peso percentual de cerca de 47,22 e 33,59 por cento, respectivamente. Esta posição representa uma ligeira inversão comparativamente a registada em 2020, no qual as operações de Mercado Monetário e de Renda Fixa configuraram quase 39,62 e 48,49 por cento, respectivamente, do total da carteira de investimentos em alusão.
Em 2021, o BNA manteve a estratégia conservadora na gestão da carteira de investimentos, centrando-se na manutenção de um elevado nível de liquidez da carteira, em concordância com as recomendações dos organismos internacionais, particularmente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
O BNA priorizou a diversificação da carteira de investimentos, com a redução da exposição aos instrumentos financeiros emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA, cujo peso percentual registou uma redução de 34,57 para 21,03 por cento do total.