Recrudesce violência na região etíope de Amhara

Na Etiópia, pelo menos 26 pessoas foram mortas no domingo, 13 de Agosto, num ataque aéreo na região de Amhara. Na segunda-feira, 14 de agosto, o Observatório dos Direitos Humanos da Etiópia – uma instituição pública, mas independente, de acordo com os seus estatutos – manifestou a sua “grave preocupação”.

A causa do recrudescimento da violência em Amhara deve-se ao agudizar do conflito entre o exército federal e os combatentes locais, bem como as detenções de pessoas desta etnia em todo o país.

A Comissão Etíope dos Direitos do Homem afirma ter recebido queixas de pessoas de etnia Amhara “antes e depois da declaração do estado de emergência”, um estado de emergência declarado em Amhara pelo governo federal a 4 de Agosto último, face às crescentes tensões entre o exército e as unidades paramilitares.

O primeiro-ministro Abiy Ahmed quer agora desmantelar estas milícias, depois de ter contado com elas durante dois anos na guerra na região do Tigray, vizinha de Amhara.

A comissão refere ainda que há vários dias que se registam violentos combates na região de Amhara, com fortes bombardeamentos e ataques aéreos. Segundo a organização, foi utilizada artilharia pesada, causando numerosos mortos e feridos entre a população local.

Por último, a organização etíope de defesa dos direitos humanos denuncia “detenções em massa de civis de origem Amhara” na capital, Adis Abeba, e lamenta o facto de não ter tido “acesso a eles para verificar as suas condições de detenção.”

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