Produção de sal no Namibe atrai empresários franceses

Uma delegação de empresários franceses do Grupo SALINS deslocou-se, esta semana, ao Namibe, para junto do Governo Provincial encontrarem mecanismos para possíveis investimentos no sector salineiro.

O director técnico da SALINS para Espanha e Itália, o venezuelano Briceno Barbosa Óscar António, que chefiou a delegação de empresários, disse à imprensa, no final da reunião com o governador Archer Mangueira, que o Grupo tem interesse na busca de novas oportunidades de negócio no Namibe, basicamente, a nível das salinas e outras áreas similares.

Briceno Barbosa Óscar António fez-se acompanhar ao Namibe de outro director técnico da SALINS, mas este para a França, Pierre Henri Jean Jacques.

O investidor credita nas condições climáticas encontradas na província litoral mais a Sul de Angola, favorável ao negócio do sal.

“O Namibe tem, realmente, uma potencialidade climatérica excelente para a produção de sal”, reconheceu.

Esta é a primeira visita efectuada ao Namibe e serviu para o reconhecimento da zona, seguindo-se uma série de estudos posteriores cujos resultados, que vão ser anunciados tanto às autoridades de Angola como de França, garantiu. Briceno Barbosa Óscar António reconheceu como “excelente” o encontro mantido com o governador Archer Mangueira, além da “boa” receptividade das autoridades locais. Disse ser muito prematuro falar em valor a investir e vagas de emprego, que possam ser criadas, porquanto se encontram ainda na fase de “pesquisa”.

“É muito trabalho que temos pela frente em função de muitas oportunidades de negócio que estamos a pensar concretizar em Angola”, assegurou. O Grupo SALINS, de craveira internacional, é uma empresa centenária. Está há mais de 140 anos a produzir o sal. Com matriz em Paris (França), opera, igualmente, em Espanha, Portugal, Itália, bem como na Dinamarca e Suécia. Em África, também opera em quatro países, destacando-se a Tunísia e o Senegal.

O projecto vai proporcionar mais emprego

A vice-governadora do Namibe para o Sector Político, Social e Económico, Anica de Sousa, lembrou que a aparição deste grupo empresarial tem a ver com uma negociação iniciada há dois anos, e que depois ficou paralisada por culpa da Covid-19.

Para o seu seguimento, a governante garantiu que, ainda esta semana, esses mesmos empresários regressam ao Namibe para fazer então a prospecção.

De acordo com Anica de sousa, é uma “mais-valia”, porque vem ajudar a província do Namibe naquilo que é a diversificação da economia, com surgimento de empresas com algumas nuances que poderá então trazer investimento, bem como também ser uma forma de captar ou proporcionar um maior número de empregos para os cidadãos locais.

A vice-governadora sublinhou que os empresários locais estão abertos, inclusive, até para fazerem parcerias com estes investidores, “não apenas para a criação de novas salinas, mas também a parceria com a abertura de novas zonas de exploração, para maximizarem as experiências que trazem dos respectivos mercados onde actuam, uma vez estarem estabelecidos em vários países incluindo nos de África. Esta é uma oportunidade que se abre para a diversificação económica na província, defende a vice-governadora do Namibe.

Anica de Sousa reiterou a disponibilidade do Governo do Namibe em receber vários investidores estrangeiros e também os nacionais.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...