Prigozhin visto pela primeira vez desde a frustrada marcha sobre Moscovo

O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apareceu, ontem, segunda-feira, dia 21, num primeiro vídeo desde que encabeçou o fracassado motim na Rússia. As imagens sugerem que Prigozhin se encontra algures em África, mas a BBC não dava como certo.
O vídeo, divulgado nos canais Telegram ligados ao grupo mercenário, mostra-o trajando equipamento de combate, afirmando que o grupo está a tornar África “mais livre.”
Sabe-se que a Wagner possui milhares de combatentes no continente, onde tem lucrativos interesses comerciais, sobretudo no Mali, República Centro-Africana (RCA).
Grupos de defesa dos direitos humanos e a ONU acusam o grupo Wagner de cometer crimes de guerra neste países. No mês passado, o Reino Unido impôs sanções aos dois chefes das operações da Wagner na RCA, acusando-os de tortura e morte de civis. Também os EUA acusaram os combatentes daquele grupo de enriquecimento ilícito através de negócios de ouro no continente.
No vídeo, Prigozhin afirma que a Wagner está a explorar minerais e a lutar contra militantes islâmicos e outros criminosos. “Estamos a trabalhar. A temperatura é de +50 graus. A Wagner está a realizar acções de reconhecimento e de busca, tornando a Rússia ainda maior em todos os continentes e a África ainda mais livre”, ouve-se na gravação. E mais adiante: “Justiça e felicidade – para o povo africano, estamos a fazer a vida num pesadelo ao ISIS (Estado Islâmico), a Al-Qaeda e outros bandidos.”