Presidente de Moçambique envia condolências a Putin e garante apoio após morte de embaixador

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, endereçou hoje, segunda-feira, dia 13, uma mensagem de condolências ao homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte, em Maputo, do embaixador Alexander Surikov, assegurando apoio no processo “subsequente”, divulgou a Presidência moçambicana.

“A partida precoce do embaixador Surikov, um diplomata dedicado, com qualidades excepcionais que, com profissionalismo ímpar, soube defender os interesses do seu país, enquanto impulsionava uma cooperação profícua entre os nossos dois países, deixa um vazio imenso”, refere a mensagem de condolências do chefe de Estado moçambicano.

Na mesma mensagem, Filipe Nyusi reitera a “solidariedade” e “o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes”.

O Ministério Público moçambicano disse hoje que desconhece a alegada decisão das autoridades russas de não autorizarem a autópsia do embaixador da Rússia encontrado morto no sábado em Maputo.

Alexander Surikov, 68 anos, foi encontrado morto, no sábado à noite, na residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo. “Sobre este assunto [a não autorização de autópsia] não poderei falar (…). Não tenho conhecimento. Mas naturalmente qualquer ocorrência criminal, se for caso, o Ministério Público toma conhecimento”, afirmou à comunicação social o porta-voz do Procuradoria-Geral da República, Nazimo Mussá, à margem da reunião da entidade em Maputo.

Segundo uma informação da Polícia da República de Moçambique (PRM) a que a Lusa teve acesso no domingo, a “presunção” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado”.

“E, por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.

“Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul”, acrescentou.

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