PR garante esforço para documentação de concidadãos na Diáspora
O Presidente da República de Angola, João Lourenço, garantiu nesta sexta-feira, em Lisboa (Portugal), estar a fazer esforço no sentido de se documentar todos os cidadãos nacionais na diáspora, para poderem provar que são realmente angolanos.
Ao falar num jantar de confraternização com a comunidade angolana residente em Portugal, o Chefe de Estado angolano enfatizou que o facto de haver cidadãos na diáspora indocumentados, sem Bilhete de Identidade e passaporte nacional, o Governo tem estado a trabalhar para resolução do problema.
Para o PR, angolanos “somos todos nós”, com os mesmos direitos e obrigações.
Por outro lado, o PR falou da necessidade do encurtamento, cada vez mais, de distância entre cidadãos residentes na diáspora e no país.
O chefe de Estado realçou que este é o sentimento que querem transmitir às comunidades residentes no exterior, no caso concreto em Portugal.
Porém, enfatizou, a única coisa que nos separa é essa distância física, pelo que não deve haver outro tipo de distância, de separação.
A partir das últimas eleições, disse, foi dado o sinal de que os angolanos são angolanos ali onde estiverem.
Pela primeira vez, notou, os concidadãos residentes no exterior puderam exercer o seu direito constitucional de votar, e de serem eleitos, de contribuir para a consolidação da democracia, pelo que assim deve ser em tudo e não apenas no que diz respeito a eleições.
Já a embaixadora de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira, ressaltou o facto de a comunidade angolana nesse país luso ter dado repetidas provas do seu amor ao país.
Por isso, manifestou-se convicta de que é, também para ela, um grande prazer e orgulho ter a oportunidade de partilhar este convívio com o mais alto mandatário da Nação.
Reconhece não haver soluções milagrosas para os múltiplos desafios com que se depara a comunidade angolana, mas existir das autoridades total empenhamento para trabalhar na ajuda para a busca dessas soluções, para que, todos juntos, possamos desde Portugal ajudar o país a crescer rumo a um futuro cada vez melhor.
Por sua vez, o representante da Comunidade angolana residente em Portugal, Manuel Zemza agradeceu o gesto do Presidente da República, João Lourenço, ao colocar na sua agenda a necessidade de estabelecer uma interação directa com esta comunidade.
Manuel Zenza informou que segundo os dados da Agência para a Integração Migração e Asilo, até 2023 residiam em Portugal 56 mil cidadãos angolanos. “com isso aproveitamos a ocasião para reiterar que o firme propósito da nossa comunidade aqui em Portugal é colaborar e apoiar incondicionalmente os esforços e a determinação do Sr Presidente na manutenção da coesão territorial, da paz, da reconciliação nacional e do bem estar de todos os angolanos”, salientou.
A fonte acrescentou que como em qualquer comunidade, “na nossa” também existem desafios que por vezes exigem intervenção directa das instituições do Estado ou das associações comunitárias sem fins lucrativos como é o caso dos estudantes, doentes, cidadãos em situação carcerária e outros.
“ Os angolanos sentem a necessidade de espaços sócio culturais, onde seja possível promover e desenvolver a nossa cultura. Reconheceu que a comunidade é testemunha dos esforços e determinação do Presidente João Lourenço, que através dos representantes do Estado em Portugal tem envidado esforço, para na medida do possível “mitigar alguns desses desafios”.
Os presentes foram brindados com a actuação de músicos como Paulo Flores, Té Macedo, Barcelo de Carcalho “Bonga Kwenda”, Yola Semedo, Edmazia Mayembe,Eddy Tussa e o grupo dos Tunezas.