Portugal vai de novo a votos em Maio, após chumbo de moção de confiança ao governo

Com menos de um ano de duração, chega ao fim o XXIV Governo Constitucional português de centro-direita da AD – coligação entre o PSD e o CDS – liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro. Um escândalo de “conflito de interesses”, envolvendo a empresa familiar da qual foi proprietário até transferi-la para o nome de mulher e dos dois filhos, esteve na origem da queda.
O golpe de misericórdia deu-se ontem, terça-feira, dia 11, ao início da noite, após uma moção de confiança proposta pelo próprio Montenegro, ter sido “chumbada” na Assembleia da República com 142 votos contra – PS, Chega, Livre, Bloco de Esquerda, PCP e PAN – e 88 a favor – PSD, CDS e Iniciativa Liberal –, acabando por decretar a “morte” do Executivo.
Agora, cabe ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocar novas eleições, tendo já sido avançadas as datas de 11 ou 18 de Maio. O gabinete da Presidência, aliás, já emitiu um comunicado oficial informando que o Conselho de Estado foi convocado para hoje, quarta-feira, dia 12, divulgando uma escala de horas para receber cada um dos partidos com assento parlamentar no Palácio de Belém.
Entretanto, Luís Montenegro já anunciou que será cabeça de lista do PSD às próximas eleições. Do lado do PS, o maior partido da oposição, o candidato a primeiro-ministro será o actual líder, Pedro Nuno Santos.