Político nigeriano preso quando transportava 500 mil USD em notas

Na véspera das eleições

Prevê-se que as eleições sejam as mais competitivas desde o fim do governo militar, em 1999, com três candidatos – Atiku Abubakar do PDP, Peter Obi do Partido Trabalhista e Bola Tinubu do APC no governo – todos vistos como potenciais vencedores.

Um político nigeriano foi preso por alegada lavagem de dinheiro depois de ter sido apanhado com meio milhão em dinheiro, na véspera das eleições gerais. Os maços de dólares norte-americanos foram encontradas pela polícia dentro do carro de Chinyere Igwe, membro do PDP, na oposição, e candidato à Câmara dos Representantes.

Foi igualmente encontrada uma lista de pessoas a quem devia ser entregue o dinheiro, referiu a polícia. Recorde-se que em eleições anteriores, os políticos foram acusados de manipular as sondagens através da compra de votos. Num Twitter, a polícia do Estado de Rivers, onde Igwe foi preso, exortou “todos os candidatos e partidos políticos a cumprir estritamente as disposições da Lei Eleitoral.”

A Nigéria emitiu recentemente novas notas de naira – a moeda local -, em parte para tornar mais difícil aos políticos acumular grandes somas de dinheiro a fim de subornar os eleitores. No entanto, estas não estão em circulação em quantidade suficiente, o que tem levado a uma grande corrida aos bancos.

Efectivamente, nas últimas semanas, milhares de pessoas têm aguardado na fila a sua vez de entrar no banco para conseguirem dinheiro, tendo-se já registado actos de vandalismo.
Refira-se que cerca de 40% dos nigerianos não possuem conta bancária e por isso dependem de dinheiro físico para comprar comida e outros bens essenciais.

Prevê-se que as eleições sejam as mais competitivas desde o fim do governo militar, em 1999, com três candidatos – Atiku Abubakar do PDP, Peter Obi do Partido Trabalhista e Bola Tinubu do APC no governo – todos vistos como potenciais vencedores.

O chefe da comissão eleitoral do país (INEC), disse à BBC que as autoridades estão preparadas para a votação de sábado. De acordo com as informações que temos recebido de todo o país indicam que os materiais eleitorais estão a ser entregues aos governos locais conforme planeado”, referiu o presidente do INEC, Mahmood Yakubu. “Em termos de preparação estamos exactamente dentro do previsto”, acrescentou Yakubu.
Nos últimos dias temia-se que poderia não ser possível realizar as eleições em algumas áreas do país, devido à insurreição islamista no nordeste e uma insurreição separatista no sudeste do país.

Na quarta-feira, um candidato a senador do Partido Trabalhista, na oposição, Oyibo Chukwu, foi morto no Estado de Enugu, no sudeste do país, quando regressava de uma jornada de campanha. A polícia atribuiu o assassinato ao grupo separatista Ipob. Este ainda não comentou.

As autoridades ordenaram o encerramento de todas as fronteiras terrestres para a votação de sábado a partir da meia-noite, durante 24 horas, para impedir que estrangeiros tentem votar.

Na quinta-feira, o INEC revelou que tinha sido recolhido um total de 87,2 milhões de cartões de eleitor. Mais de 93 milhões de pessoas tinham-se registado para votar, o que significa que cerca de seis milhões de pessoas não tinham conseguido recolher os seus cartões e, portanto, não poderiam votar.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...