PGR constitui arguida presidente do Tribunal de Contas

A Procuradoria-geral da República (PGR) constituiu hoje arguida a presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa, por suspeita de crimes de peculato, extorsão e corrupção.
Além de Exalgina Gambôa, presidente do Tribunal de Contas, um dos filhos da juíza também foi constituído arguido pelos crimes de extorsão e corrupção, conforme uma nota da PGR divulgada esta terça-feira(28).

Segundo o documento, Hailé Musapé Vicente da Cruz (filho da juíza) não foi ainda notificado sobre o processo-crime por se encontrar no exterior do país.

A PGR informa também que abriu um inquérito para averiguar as denúncias públicas e informações sobre os escandalos que supostamente tiveram lugar no Tribunal de Contas, tendo culminado num processo-crime.

“No topo de várias denúncias de corrupção, o presidente tomou conhecimento de que Exalgina Gambôa convocou o ministro dos Petróleos e Recursos Minerais para exigir que este a incluísse, com 1%, na estrutura accionista da refinaria do Lobito”, lê-se no portal.

Segundo o órgão, a reunião que teve lugar no dia 14 de Fevereiro, no Palácio da Cidade Alta, contou com a presença do Presidente João Lourenço , Exalgina Gambôa (juíza arguida), do ministro do Recursos Minerais, Petróleos e Gás; do ministro da Energia e Águas, do Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Groz, além de “testemunhas” como a presidente da Assembleia Nacional e a vice-presidente do MPLA, Carolina Cerqueira e Luísa Damião.

Na segunda-feira,o Presidente da República, João Lourenço, tinha retirado a confiança política à juíza Exalgina Gambôa, tendo mesmo pedido que esta se demitisse, o que não veio a se efectivar. No entanto, no mesmo dia, a juíza antecipou-se e pediu a sua jubilação a João Lourenço, não tendo apresentado a esperada demissão.

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