OIM solicita apoio urgente a migrantes e deslocados em África para combater a Mpox
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) solicitou, quarta-feira, dia 21, uma ajuda internacional de 18,5 milhões de dólares para serviços “cruciais e urgentes” aos migrantes e populações em África em risco de contágio com mpox.
Num comunicado divulgado, a OIM alerta para a situação dos migrantes, deslocados internos, “populações altamente móveis da região”, que tendencialmente correm um risco muito maior de infecção pela doença, devido às suas condições de vida e aos seus estilos de vida móveis e transitórios, que podem “limitar enormemente o seu acesso à saúde e aos cuidados médicos.”
A ajuda pedida é para cumprir um plano de resposta traçado pela organização que visa reduzir o risco de exposição à doença para estes grupos vulneráveis.
“Os 18,5 milhões de dólares necessários serão utilizados para reforçar a capacidade de resposta às necessidades dos migrantes, das pessoas deslocadas internamente e das comunidades de acolhimento, apoiando as medidas de tratamento da infecção, prevenção e controlo, nomeadamente nas fronteiras”, realça a OIM na nota.
As populações vulneráveis, como os migrantes e as pessoas deslocadas internamente afectadas pelo mpox, ou em risco de virem a ser afectadas, “devem receber os cuidados de saúde e a protecção necessários, em especial nas regiões onde o acesso a esses serviços é limitado e onde existe um elevado número de migrantes e de populações deslocadas”, defende a organização.
O financiamento permitirá também “reforçar as capacidades dos profissionais de saúde nacionais e das equipas de primeira linha, bem como identificar as zonas de alto risco, a fim de assegurar um controlo eficaz da doença e reduzir a sua propagação através das fronteiras”, sublinha.
A propagação do mpox na África Oriental, no Corno de África e na África Austral constitui “uma grave preocupação, especialmente para os migrantes vulneráveis, para as populações altamente móveis e para as comunidades deslocadas, frequentemente negligenciadas nestas crises”, afirma na nota o Directora-Geral da OIM, Amy Pope, num comunicado divulgado a partir de Nairobi, capital do Quénia.
Por isso, “temos de agir rapidamente para proteger as pessoas em maior risco e para atenuar o impacto deste surto na região”, acrescentou.