Namíbia poderá juntar-se à Organização dos Países Exportadores de Petróleo

A Namíbia considera ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se as recentes descobertas de petróleo offshore provarem ser grandes o suficiente para impulsionar o desenvolvimento comercial desta commodity.
As principais petrolíferas que fizeram novas descobertas ao longo da costa namibiana nos últimos anos preparam-se para dar início à perfuração de avaliação, a fim de aferir qualitativa e quantitativamente o potencial das jazidas petrolíferas encontradas.
A TotalEnergies fez, em Fevereiro deste ano, uma descoberta significativa de petróleo leve com gás associado no prospecto de Vênus, na Bacia de Orange, localizada no sul do país. De acordo com a companhia, os resultados iniciais são muito promissores e a avaliação e os testes de formações estão programados para 2023.
Por outro lado, a multinacional britânica Shell efectuou algumas descobertas no offshore da Namíbia, na mesma Bacia de Orange, com resultados preliminares bastantes encorajadores, faltando apenas a realização de testes e avaliações adicionais para confirmarem as expectativas optimistas da empresa.
A Comissária de Petróleo do Ministério de Minas e Energia da Namíbia, Maggy Shino, afirmou que caso os campos forem grandes o suficiente para o desenvolvimento comercial, juntar-se a OPEP será uma das opções que a Namíbia considerará. O secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, acredita que África é um terreno fértil para investimentos, sendo que prevê um rápido crescimento para o continente, que abriga o mais novo membro do grupo, a República do Congo.
A economia da Namíbia, vizinha a sul do produtor da OPEP Angola, está actualmente avaliada em cerca de 11 mil milhões de dólares. Se as descobertas forem desenvolvidas, poderão dobrar o PIB do país.