MPLA defende “intransigência” dos jornalistas na defesa dos seus direitos e condena impedimentos

O MPLA, partido no poder em Angola, condenou todas as manifestações que impedem os jornalistas de exercerem a sua actividade de forma livre, plural e independente e exorta os profissionais a “manterem-se intransigentes” na defesa dos seus direitos.

Numa declaração por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala a 3 de Maio, o Bureau Político do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), saúda todos os jornalistas angolanos manifestando desejo de trabalho conjunto para reforços de acções para a liberdade de imprensa.

A força política, no poder em Angola, condena veementemente todas as manifestações que impedem os jornalistas de exercerem o seu trabalho de forma livre, plural e independente, permitindo que os cidadãos formem, de modo diversificado a sua opinião.

O Bureau Político manifesta também a sua “antítese” aos “actos desprezíveis de assassinato de carácter” e outras formas de vilipêndio da honra, bom nome e consideração a instituições e a pessoas, “que em nada abonam o clima de paz, harmonia e reconciliação nacional”.

Angola celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa em meio de queixas e reclamações dos profissionais da classe sobre alegados actos de intimidações, ameaças, assaltos em residências e perseguições pelo exercício da actividade.

Vários jornalistas têm sido alvo de impedimentos para cobertura de actividades públicas, nomeadamente manifestações, como relatou nos últimos meses o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), que promoveu em dezembro passado uma marcha pela liberdade de imprensa.

Para o MPLA, a comemoração da efeméride deve servir para que, de forma unânime, os angolanos reafirmem o estabelecimento de um ambiente de diálogo aberto e construtivo, conducente à consolidação da paz e ao contínuo aprofundamento da democracia.

O MPLA apela também a toda a sociedade angolana, no sentido de celebrar a data reflectindo no aproveitamento e bom uso das tecnologias de informação e comunicação, colocando-as ao serviço da promoção de cidadania e responsabilidade social, bem como no exercício de um jornalismo com conteúdos que promovam o desenvolvimento.

Na declaração, o MPLA reafirma igualmente o seu desejo de ver materializado por parte do executivo angolano a proposta de incentivo ao surgimento de novos meios de comunicação independentes, “que acentuem a concorrência e a pluralidade no espaço informativo nacional”.

Exorta ainda a classe jornalista angolana no sentido de manter-se firme e intransigente na defesa dos seus direitos, bem como a ser rigorosa no respeito dos deveres ético e deontológicos, tendo em conta a importância do seu papel.

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