Militares russos podem estar de volta a São Tomé e Príncipe

Os governos de São Tomé e Príncipe e da Rússia assinaram um acordo militar de grande amplitude que prevê, entre outros pontos, a deslocação de navios e aviões de guerra ao arquipélago.

De acordo com a agência noticiosa Sputnik, que cita um documento publicado no domingo, dia 5, no portal oficial de informações legais da Rússia, segundo o qual um acordo de cooperação militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia foi assinado na cidade de São Petersburgo, no dia 24 de Abril, e começou a ser implementado no dia 5 de Maio.

Segundo a mesma fonte, “o acordo estipula que ambas as partes acordaram em cooperar nos seguintes domínios: treino conjunto de tropas, recrutamento das forças armadas, utilização de armas e equipamento militar, logística, intercâmbio de experiências e de informações no âmbito da luta contra a ideologia do extremismo e do terrorismo internacional, educação e formação de pessoal.”

O acordo prevê também a participação das forças armadas de São Tomé e Príncipe em exercícios conjuntos com as forças russas e visitas da aviação militar e de navios de guerra da Rússia a São Tomé e Príncipe.

A Sputnik avança ainda que a cooperação militar entre os dois países “contribui para fortalecer a paz e a estabilidade internacional” e é valido por tempo indeterminado.

De recordar que, após a independência nacional, as Forças Armadas de São Tomé e Príncipe foram estruturadas, formadas e orientadas por conselheiros militares russos durante todo o regime de partido único que vigorou entre 1975 e 1990. Até hoje, a maior parte do equipamento bélico das forças armadas do arquipélago é de origem russa.

Entre os anos de 1976 e 1988, navios de guerra da Rússia visitavam com frequência o arquipélago santomense, onde a engenharia militar russa tinha instalado três radares de fiscalização marítima e aérea.

A partir da década de 1990, e em consequência da queda do muro de Berlim e do fim da União Soviética, a parceria militar russo-santomense tinha cessado.

Por conseguinte, fazendo fé na notícia da Sputnik os russos podem estar de volta a São Tomé e Príncipe. O governo do arquipélago do Equador ainda não se pronunciou.

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