Luís Montenegro indigitado primeiro-ministro de Portugal
O líder da coligação Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, foi indigitado primeiro-ministro de Portugal na noite desta quarta-feira, dia 20, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de Março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional”, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.
À saída da reunião, que durou cerca de 20 minutos, Montenegro revelou que apresentará a composição do Governo no dia 28 de Março e que acordou com o Presidente a marcação da tomada de posse para 2 de Abril.
“Era importante fazê-lo hoje – nesta passagem do dia 20 para dia 21 – apesar desta hora tardia, visto que amanhã de manhã [hoje] terei uma reunião com a presidente da Comissão Europeia e com os meus colegas líderes de partidos políticos que compõem o Partido Popular Europeu”, explicou.
O presidente do PSD justificou que, devido a essa agenda, “era inviável” poder ser indigitado durante a manhã e, por outro, “era útil participar nestas reuniões já na condição de primeiro-ministro indigitado”.
A indicação aconteceu depois de conhecidos os resultados dos votos da emigração para as legislativas, com o Chega, partido de extrema-direita, a conseguir eleger mais dois deputados, à frente da AD e do PS, que elegeram apenas um deputado cada.
Esta é a primeira vez que um partido que não o PS ou o PSD conquista mandatos pelos círculos da emigração. Com estes resultados, a composição da Assembleia da República portuguesa é a seguinte: AD 80 deputados; PS 78; Chega 50; Iniciativa Liberal 8; Bloco de Esquerda com 5; a CDU – coligação liderada pelo partido comunista – com 4; Livre 4; e o PAN 1.