Juntas militares do Níger, Mali e Burquina Faso reforçam cooperação
O Presidente da junta militar que governa o Níger, Abdourahamane Tiani, numa conferência de imprensa que reuniu em Niamey, capital deste país, os primeiros-ministros dos governos transitórios do Níger, Ali Lamine Zeine, do Burquina Faso, Apollinaire Kyélem de Tambela, e do Mali, Choguel Maiga, afirmou que a Aliança dos Estados do Sahel (AES) vai para além de questões de segurança, visando ser “uma zona de prosperidade” para os povos destes países.
O Mali, o Níger e o Burquina Faso são governados por juntas militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado e criaram uma aliança militar que dizem alargar-se a áreas económicas e comerciais.
Os três primeiros-ministros reuniram-se com Tiani, protagonista do golpe de Estado de 26 de Julho último contra o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, no Sábado dia 30, depois de terem assistido, em Niamey, à celebração da retirada dos últimos soldados franceses que se mantiveram no Níger na última década, no âmbito da luta contra o terrorismo no país.
Após o golpe de Estado, as relações entre a junta militar nigerina e a França degradaram-se, tendo as novas autoridades ordenado a expulsão do embaixador francês e exigido a retirada dos 1.500 soldados que estavam no país.
O mesmo sentimento anti-francês tem-se verificado no Mali e no Burquina Faso, que exigiram igualmente a retirada das tropas francesas dos seus territórios.