JLo promete mais profissionais de saúde em Benguela

Mais 415 profissionais de saúde vão juntar-se aos mais de dois mil que, desde 2017, o Executivo admitiu na província de Benguela, através de concursos públicos, garantiou hoje o candidato do MPLA à Presidência da República, João Lourenço, Num coimício nos arredores de Benguela, defendeu o investimento na província e garantiu que o MPLA tem planos em várias áreas, para melhorar a vida dos benguelenses.

O anúncio foi feito, esta quinta-feira, pelo candidato a Presidente da República pelo MPLA, João Lourenço, num comício realizado nos arredores da cidade de Benguela, adiantando que o concurso público é extensivo a médicos, enfermeiros e técnicos de saúde.

Informou que, de 2017 a 2022, foram admitidos, na província de Benguela, mais de dois mil profissionais da saúde, em concursos públicos, e decorre a construção de um hospital geral de referência, com capacidade para 200 camas.

João Lourenço apresentou a candidata do MPLA a Vice-presidente da República, Esperança Costa, assim como a vice-presidente do partido, Luísa Damião, no quadro da política do seu partido de promoção das mulheres a cargos públicos.

Aventou a possibilidade de, no futuro, o MPLA indigitar uma mulher como candidata a Presidente da República, no âmbito da sua política de igualdade no género e de combate à descriminação pelo sexo.

Em função do tempo de paz e da realização de eleições nos anos de 1992, 2008, 2012 e 2017, o presidente do MPLA disse que “a essa altura, não havia motivo de apelos ao civismo e a tolerância política, em fase de campanha eleitoral”.

Justifica os apelos contínuos pelo facto de existirem líderes políticos que apelam à desordem, a confusão e a desobediência às autoridades, acções que considerou serem condenáveis.

Investimentos

Sobre investimentos precisou que o MPLA e o seu Executivo têm feito investimentos públicos, na província de Benguela, em vários domínios, incluindo o da energia, que já beneficiou os municípios do Bocoio e da Baia Farta, com a construção, entre outras, de uma sub-estação.

João Lourenço falou do desassoreamento do rio Catumbela, que ficará resolvido em definitivo com as obras da barragem do Cacongo, que proporcionará um aumento do caudal e da capacidade de produção de duas outras barragens, concretamente do Lomaum e do Biópio, dando mais energia às populações e irrigando os campos.

Anunciou a criação de uma estrada externa às cidades de Benguela, Lobito e Catumbela, para permitir a circulação rodoviária para outras regiões do país, sem transitarem pelo interior, danificando o asfalto e as próprias urbes.

Anunciou ainda a existência de uma verba para a construção de infra-estruturas integradas nas cidades de Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta, incluindo a requalificação dos seus bairros periféricos, calculada em 479 milhões de euros.

A requalificação vai abranger também ruas nas sedes municipais do Cubal, Ganda e Balombo, que já recebem trabalho de asfaltagem, assim como a marginal da Praia Morena, na cidade de Benguela, e a entrada do Lobito.

Serão concluídas as obras de restauro de vários troços de estradas internas e externas, estas últimas que ligam Benguela às províncias do Huambo, Cuanza Sul e Huíla.

No domínio do ensino superior deu a conhecer investimentos na construção, no período 2022/2027, de novas instalações para a Universidade Katiavala Buila e para o Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) de Benguela.

No quadro dos caminhos de ferro, disse que três novas unidades, cada com capacidade para transportar 600 pessoas, serão colocadas na ligação entre as cidades de Benguela e Lobito, passando pela Catumbela, a partir de Setembro próximo.

Privatizações

Relativamente as privatizações em curso, João Lourenço enumerou a gestão do Porto do Lobito, por um consórcio de empresas chinesas, que passam a ter a responsabilidade pelos seus dois terminais de carga, e os Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), por consórcio de empresas europeias, de origem suíça e portuguesa, que vai gerir também o porto mineraleiro.

A concessão dos dois empreendimentos resultou de concursos públicos, no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV) e visa garantir, entre outros objectivos, mais emprego, rendimento e melhoria do funcionamento.

Sobre a futura refinaria do Lobito, João Lourenço disse que a sua construção vai criar, na sua fase de operação, cerca de nove mil empregos directos e indirectos e acabará com a aquisição de refinados de outros países, passando Angola a ser simultaneamente produtor e exportador de derivados de petróleo.

 

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