Guiné Equatorial e Rússia firmam acordos militares

“A Guiné Equatorial e a Rússia assinaram um acordo de formação militar”, declarou o vice-presidente do primeiro, Obiang Mangue, na sua conta da rede social X na noite de quinta-feira, dia 6. Trata-se de “um acordo que permitirá que instrutores russos se desloquem ao país para formar soldados de diferentes ramos do exército nacional”, acrescentou.

A assinatura teve lugar durante um encontro entre Obiang Mangue – por todos conhecido como Teodorin, filho do presidente do país – e uma delegação do ministério russo da Defesa em visita de trabalho ao país africano, chefiada pelo vice-ministro Yunusbek Yevkurov. “Discutimos também a capacidade militar da Guiné Equatorial para garantir a segurança de qualquer evento organizado pelo nosso país. Este ponto reforça a candidatura apresentada pelo nosso país para organizar a próxima cimeira Rússia-África”, acrescentou o vice-presidente equato-guineense.

“Teodorin” discutiu no passado Dezembro questões de cooperação militar com o então vice-ministro russo da Defesa, Alexandr Fomin, numa visita a Moscovo que se seguiu à do seu pai no início de Novembro, em que se encontrou com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

“Gostaria que reforçássemos a cooperação em matéria de segurança e defesa, uma vez que a Rússia tem apoiado a Guiné Equatorial”, disse então Teodoro Obiang, em espanhol, durante o encontro realizado na casa de campo do líder do Kremlin.

Rússia reforça presença militar em África

A Rússia tem reforçado a sua presença no continente africano nos últimos anos. Em Julho do ano passado, na segunda cimeira Rússia-África em São Petersburgo, Putin anunciou a reabertura de embaixadas em vários países africanos, incluindo a Guiné Equatorial.

Para reforçar os laços com África, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, visitou esta semana quatro países africanos: a Guiné-Conacri, a República do Congo (Brazzaville), Burquina Faso e Chade.

A Rússia tem acordos militares com os cinco países africanos lusófonos membros da CPLP, e já tinha um acordo militar assinado com a Guiné Equatorial.

O acordo assinado no final de Abril último entre Moscovo e São Tomé e Príncipe era até agora o mais recente entre o conjunto de acordos assinados com os países da comunidade lusófona. A Guiné Equatorial já tinha um acordo assinado com a Rússia, em Julho de 2015, que prevê um procedimento simplificado para a entrada de navios de guerra russos no seu mar territorial, e a acostagem de navios de guerra russos nos portos seus portos, reparação naval, entre outros aspectos relacionados.

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