Governo angolano fixa novos valores para salário mínimo e pensões

O Conselho de Ministros de Angola aprovou esta quarta-feira, dia 26, o decreto presidencial que fixa o salário mínimo angolano em 70 mil kwanzas, o mesmo valor definido para os montantes mínimos das pensões.

O valor mínimo de 70 mil kwanzas (face aos actuais 32 mil kwanzas) será actualizado num prazo de 12 meses para os 100 mil kwanzas, excepto no caso das microempresas e start-ups, cujo salário mínimo foi fixado em 50 mil kwanzas, depois de o executivo chegar a acordo com os sindicatos no final de Maio.

“Com a aprovação do salário mínimo, o executivo pretende procurar um equilíbrio entre os princípios de remuneração justa e da dignidade da pessoa humana; proteger os níveis da actividade económica, emprego e formalidade; e consagrar mais flexibilidade na fixação dos salários mínimos por indústria, sector de actividade económica e agrupamentos económicos através dos acordos colectivos de trabalho”, refere-se no comunicado final do Conselho de Ministros a que a agência Lusa teve acesso.

Foi também aprovado o decreto presidencial que fixa as pensões do Instituto Nacional de Segurança Social, nos seus limites mínimo e máximo, e o alargamento da obrigatoriedade da declaração electrónica das informações legais necessárias para requisição das prestações, tendo como base o indicador de sustentabilidade da segurança social.

Este indicador é aplicado de acordo com o princípio de diferenciação positiva, com actualização das pensões mínimas em 45,012%, pensões máximas em 20% e as demais, entre estes dois limites, em 25%.

Assim, os montante mínimos de pensões de reforma por velhice, sobrevivência, invalidez e abono de velhice são fixados em 70.000 kwanzas, enquanto as de valor superior ao montante mínimo e inferior ao máximo previsto terão um aumento de 25%.

Na reunião desta quarta-feira foi também analisada, para envio à Assembleia Nacional, uma proposta de lei de Bases do Sistema Nacional de Formação Profissional, com o objectivo de a ajustar ao actual ordenamento jurídico nacional e à realidade socioeconómica do país.

O diploma fixa critérios para acesso a determinados cursos, estabelece modalidades de formação profissional e institui o princípio de certificação dos cursos, acções e entidades formadoras.

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