Ex-líder militar da Guiné-Conacri acusado de tentativa de fuga da prisão

Pelos menos 9 pessoas perderam a vida este sábado, dia 4, em Conacri, durante uma operação perpetrada por homens fortemente armados que libertaram temporariamente o ex-ditador Moussa Dadis Camara, e três outros presos. Um quarto homem, o coronel Claude Pivi, ainda se encontra a monte.

Em comunicado, o Procurador-Geral, Yamoussa Conte, avança que entre os mortos estão três alegados agressores, quatro membros das forças de segurança e dois civis que foram atingidos durante a troca de tiros.

No mesmo dia, as forças da ordem conseguiram capturar Camara e outros dois homens, todavia o coronel Pivi ainda se encontra a monte.

O Procurador-Geral indicou ainda que foi aberto um processo contra Camara e os três co-detidos, acusados de estarem implicados na morte dos membros das forças de segurança e de homicídio involuntário.

Recorde-se que Moussa Dadis Camara e outros membros do governo estão a ser julgados desde o ano passado, acusados de orquestrar um massacre num estádio onde milhares de pessoas se juntaram para protestar contra a intenção de Camara se candidatar à presidência, em Janeiro de 2010. Em resposta as forças de defesa abriram fogo contra os manifestantes. O ataque demorou duas horas e culminou com a morte de 157 pessoas, de acordo com um relatório das Nações Unidas.

Este domingo, dia 5, a junta que tomou o poder, em Setembro de 2021, publicou uma série de decretos onde anuncia a demissão de dezenas de militares e agentes da administração penitenciária. As circunstâncias da operação, que levanta questões sobre a segurança da prisão central, continuam por esclarecer. Os advogados de Camara garantiram que este foi levado contra sua vontade pelo que não se podia falar em fuga.

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