Director provincial da saúde do Cuando Cubango exige rigor nos planos curriculares de saúde

O director do gabinete provincial da saúde do Cuando Cubango, João Chihinga, solicitou esta quarta-feira, em Menongue, das instituições que ministram cursos de saúde, maior rigor nos planos curriculares, para adoptarem os seus quadros de conhecimentos capazes de responder as exigências do mercado.
O sector na província do Cuando Cubango conta com três instituições que ministram curso médicos de saúde, destes dois privados.
João Chihinga, que falava à imprensa no final de uma actividade inspectiva numa instituição do ensino médio que ministra cursos de enfermagem e análises clínicas, realçou a necessidade contínua de melhorar os pressupostos para a qualidade que se exige, mormente o currículo dos docentes, condições de higiene, laboratórios e estágios profissionais.
O responsável informou que o hospital municipal de Menongue e o geral do Cuando Cubango já estão certificados como hospitais-escolas, porém faltam os profissionais que irão formar os demais em quantidade e qualidade aceitável, um problema que está a ser tratado superiormente, para se ultrapassar paulatina tal quesito.
João Chihinga avançou que para o próximo ano será feita uma formação especializada aos enfermeiros, que já são licenciados, principalmente os especializados na área materno-infantil, cirurgia, urgência, entre outras, para corresponder a dinâmica do trabalho de enfermagem nos nove municípios da província.
Referiu que para os técnicos médios em enfermagem, também há um pacote agendado para a especialização em anestesia ou outras componentes para a melhoria do seu desempenho laboral, realçando que as duas unidades sanitárias têm condições para o efeito, aguardando pelo aumento de quadros.
Fez saber que será feito um trabalho aturado com os empreendedores do ramo de saúde, detentores de instituições de saúde, escolas, farmácias, postos médicos, bem como organizar os terapeutas naturais e tradicionais, por formas a colmatar algumas inquietações e irregularidades no desempenho da medicina tradicional na província.
“Há um controlo do número de terapeutas tradicionais, mas muitos fogem, furtam-se desse controle e a missão é mobilizar e sensibilizar a todos que exibam as suas licenças, IRT e no sentido de acompanhar para que os serviços sejam humanizados, porque muitos trabalham em condições menos boas para o atendimento ao cidadão”, realçou.
Para além das instituições de ensino, o director visitou a maternidade provincial e o departamento de saúde pública, tendo no final mantido um encontro de auscultação e aconselhamento com os funcionários, que culminou com a identificação dos principais constrangimentos e busca de soluções conjunturais.