Dia Mundial do Refugiado 2024 presta especial atenção a deslocados pelas alterações climáticas
O Dia Mundial do Refugiado é assinalado hoje, 20 de Junho, sendo dedicado à consciencialização sobre a situação dos refugiados em todo o mundo.
Teve a sua génese a 4 de Dezembro de 2000, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas, na Resolução 55/76, decidiu que a partir desse ano, o dia 20 de Junho seria celebrado como o Dia Mundial do Refugiado. Nesta resolução, a Assembleia Geral notou que 2001 marcou o 50º aniversário da Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados.
Antes de 2000, já se celebrava, em vários países, o Dia do Refugiado Africano. A ONU observou que a Organização da Unidade Africana (OUA) concordou em que o Dia Internacional dos Refugiados coincidisse com o Dia do Refugiado Africano, ou seja, 20 de Junho.
Na Igreja Católica, o Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados é celebrado em Janeiro de cada ano, tendo sido instituído em 1914 pelo Papa Pio X.
Neste ano de 2024, as Nações Unidas sugerem uma especial atenção à realidade das pessoas refugiadas em virtude das alterações climáticas, dando visibilidade a uma evidência que tem de ser assumida para que possa ser efectivamente combatida. Só uma mudança de atitude global face às alterações climáticas poderá proteger os milhões de cidadãos deslocados em todo o mundo pelas suas consequências.
Hoje, sabe-se que 120 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas, as suas comunidades, os seus países. Um número que cresce anualmente, refletindo não só o impacto dos novos conflitos mundiais, como das crises que permanecem sem solução.
Angola acolhe 55.764 refugiados
De Acordo com dados divulgados pela representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Angola, actualmente o país acolhe , 55.764 refugiados e requerentes de asilo. Deste número, 25.283 (46%) são refugiados e 30.279 (54%) requerentes de asilo. Esta população é constituída, em grande parte, por cidadãos provenientes da República Democrática do Congo (RDC), com um total de 22.920. Com este estatuto, há ainda em Angola cidadãos da Costa do Marfim, Mauritânia, Sudão, Serra Leoa e Ruanda, entre outros países.