Contagem para o Censo começa à meia noite com os sem-abrigo
O director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, revelou, quainta-feira, que a contagem do Censo Geral da População e Habitação vai começar à meia noite com os sem-abrigo.
José Calengi, que fez esta revelação durante a 16ª edição do “CaféCipra”, que abordou o tema “Censo Geral 2024 e o seu Impacto na Eficácia da Governação”, esclareceu que foi escolhida esta franja da sociedade pelo facto dos mesmos estarem recolhidos.
“Nós às 0h00 vamos localizar os sem-abrigo por ser o melhor momento para o seu registo. É por isso que nós fazemos referência que o início efectivo da recolha é exactamente às zero horas, por conta da questão específica. No período da manhã, deverá ocorrer a visita aos agregados familiares”, informou o director-geral do INE.
Segundo José Calengi, para a operação do Censo Geral da População e Habitação de 2024 estão disponíveis 68.040 tabletes a serem usados no processo de recolha, dos quais 8.000 foram doados pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA) e 60.040 adquiridos.
O responsável acrescentou também que para o Censo estarão envolvidos 92 mil profissionais caracterizados por assistentes técnicos provinciais, assistentes técnicos militares, informáticos regionais e os agentes recenseadores.
José Calengi fez saber que teve início, recentemente, a penúltima fase do Censo, tendo realçado que durante a actualização cartográfica foi possível mapear o país em relação às secções censitárias, “que foi um exercício espelho que também permitiu ao INE fazer a previsão em relação à actividade principal e, nesta fase, nós estamos a desenvolver e realizar a cadeia de formações”, destacou.
As medidas para assegurar a confidencialidade dos dados, referiu, serão tratados de acordo com o que estabelece a legislação sobre o sigilo profissional.
“Existe também uma assinatura de compromisso de confidencialidade dos recenseadores. Na nossa base de informações nós garantimos o sigilo de toda a informação que é fornecida”, assegurou.
Do ponto de vista de organização de logística, afirmou que para o Censo 2024 estão criadas todas as condições para dar cobro a este processo. “Em função da experiência vivida no Censo de 2014, temos estado a melhorar gradativamente, tendo em conta os processos inseridos nesta operação. 2014 ajudou-nos a planificar melhor 2024 e permitiu alocar melhor os recursos humanos e técnicos”, disse.