Confirmada morte do vice-presidente do Malawi

Os destroços do avião que transportava o vice-presidente do Malawi, Saulos Chilima, foram encontrados esta manhã terça-feira, dia 11, não havendo sobreviventes, informou o Presidente do país Lazarus Chakwera.

Saulos Chilima e mais nove pessoas efectuavam, na segunda-feira de manhã, um voo interno quando o avião, de cariz militar, desapareceu dos radares do aeroporto.

Durante a noite e a manhã de hoje, militares malawianos efectuaram buscas na floresta de Chikangawa, numa tentativa de encontrar o avião.

Numa conferência de imprensa esta manhã, terça-feira, o presidente Chakwera disse que o comandante da Força de Defesa do Malawi o havia informado que a operação de busca e salvamento tinha sido concluída e que o avião tinha sido encontrado.

Chakwera afirmou estar “profundamente chocado” por ter de informar os malawianos da terrível tragédia. Segundo Chakwera, a equipa de salvamento encontrou o avião completamente destruído.

Lembre-se que o vice-presidente e o presidente pertencem a partidos diferentes, mas coligaram-se para formar uma aliança para as eleições de 2020.

Chakwera, no seu depoimento não poupou elogios a Chilima, descrevendo-o como “um bom homem”, “pai dedicado” e “formidável vice-presidente”. “Considero uma das maiores honras da minha vida tê-lo tido como deputado e conselheiro”, acrescentou.

Chilima, de 51 anos, encontrava-se a caminho de representar o Governo no funeral do antigo ministro Ralph Kasambara, falecido há quatro dias, quando a aeronave em que seguia desapareceu dos radares.

A antiga primeira-dama Shanil Dzimbiri também estava no voo, que descolou da capital, Lilongwe, na segunda-feira de manhã.

O avião deveria ter aterrado no aeroporto da cidade de Mzuzu, no norte do país, mas foi obrigado a regressar devido à fraca visibilidade.

Saulos Chilima era vice-presidente do Malawi desde 2014, sendo muito bem visto sobretudo entre os jovens, de acordo com a agência AFP.

No entanto, em 2022, Chilima foi detido e acusado, alegadamente por ter aceitado dinheiro em troca da adjudicação de contratos públicos, acusações que o próprio sempre negou. Já no mês passado, o tribunal retirou a acusação, sem indicar os motivos da decisão.

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