Cem elefantes mortos devido à seca no Zimbabwe

No Zimbabwe, uma seca severa tem estado a vitimar elefantes no Parque Nacional de Hwange – o maior do país, onde vivem 45.000 elefantes. Nos últimos dias, pelo menos 100 elefantes morreram de exaustão devido à escassez de água e de alimentos.

O Zimbabwe tem a segunda maior população de elefantes do mundo. A mesma tem estado protegida da caça furtiva, no entanto, tem estado ameaçada de exaustão devido à seca, uma vez que a estação seca não dá tréguas com o regresso do fenómeno climático El Niño.

“Durante a estação seca, os elefantes permanecem à volta dos poços de água, alimentando-se da vegetação circundante, pelo que quanto mais tempo durar a estação seca, mais têm de se afastar dos poços de água para comer e voltar para beber. Assim, se a estação seca se prolongar, as distâncias que têm de percorrer tornam-se demasiado grandes e os elefantes ficam mais fracos e alguns acabam por morrer”, explicou David Germain-Robin, do Fundo Internacional para o Bem-Estar dos Animais (IFAW, sigla), citado pela RFI.

Contudo, segundo ele, há solução para o problema: tornar a migração sazonal transfronteiriça dos elefantes mais fácil do que actualmente: “Este é o princípio da iniciativa que temos no IFAW. Damos espaço para criar corredores de migração entre as diferentes zonas. É preciso conseguir recriar zonas favoráveis à migração dos elefantes, limitando ao mesmo tempo os conflitos com os humanos”, explica.

Salvar os elefantes significa também limitar o aquecimento global de que são vítimas, sublinha o especialista, uma vez que os paquidermes favorecem a reflorestação ao dispersarem as sementes. A África Austral é a região mais bem sucedida na conservação dos seus elefantes, que continuam a ser vítimas da actividade humana e da caça furtiva na África Ocidental e Central.

Em Outubro, a Interpol anunciou a apreensão de 300 quilos de marfim, durante uma operação internacional organizada em conjunto com a Organização Mundial das Alfândegas, que levou à detenção de 500 pessoas e ao confisco de 2000 produtos animais e vegetais protegidos.

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