Campanha eleitoral em Moçambique já está na estrada

A campanha eleitoral para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais) de 9 de Outubro em Moçambique já está na estrada desde sábado, dia 24. Ao pleito concorrem quatro candidatos à Presidência da República e 37 forças políticas nas legislativas e provinciais.
Daniel Chapo, candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), começou a “caça ao voto” em terreno normalmente adverso, a cidade da Beira, capital da província de Sofala, enquanto a campanha do candidato apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido da oposição), Ossufo Momade, esteve na cidade de Quelimane, província da Zambézia, embora este se encontre fora do país, avançaram à agência Lusa fontes daquela força política.
Lutero Simango, candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), deu o ‘pontapé de saída’ também na cidade da Beira, enquanto Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e pela Revolução Democrática (RD) começou a campanha eleitoral no município da Matola, arredores de Maputo.
Moçambique realiza a 9 de Outubro as eleições gerais, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, lançou, na quinta-feira, a operação para a segurança do processo eleitoral, com a promessa de proteger “todos os intervenientes principais”. “Nós vamos garantir a segurança dos candidatos e cabeças de lista, porque é nossa missão proteger aqueles que são actores principais deste processo eleitoral”, declarou durante o lançamento da “Operação Planeta V”, em Maputo.
A CNE anunciou, a 16 de Agosto, que tinha disponíveis os 260 milhões de meticais (3,9 milhões de dólares) para o financiamento da campanha para as eleições gerais, mas, quatro dias depois, afirmou que enfrenta um défice de 13 mil milhões de meticais (186 milhões de dólares) do total de 19,9 mil milhões de meticais (272 milhões de dólares) para o escrutínio.