Brasil nomeia embaixador especial para as mudanças climáticas

O governo brasileiro anunciou a nomeação do ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo como embaixador extraordinário para as Mudanças Climáticas, o que reforça o novo compromisso do país com a proteção do planeta.

Figueiredo, 67 anos, foi ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2013 e 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e dedicou boa parte da sua vida diplomática, iniciada em 1980, a questões relacionadas ao meio ambiente.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) do Brasil explicou que as principais funções do embaixador para Mudanças Climáticas serão reforçar “a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais” e “contribuir para a divulgação do compromisso brasileiro no combate às mudanças climáticas”.

Esses objetivos foram traçados pelo Governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, líder progressista que deu uma volta radical na política externa e ambiental face ao seu antecessor Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, entre outras medidas, promoveu políticas agressivas de exploração económica da Amazónia e reduziu a presença do Brasil em todos os fóruns internacionais sobre mudanças climáticas.

Lula da Silva, que tomou posse em 1 de janeiro, prometeu recuperar o protagonismo do país nas questões ambientais e chegou a apresentar a candidatura do Brasil como sede da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas prevista para 2025.

Segundo o Governo brasileiro, Figueiredo também terá entre suas atribuições a promoção daquela candidatura, que já conta com o apoio declarado de dezenas de países latino-americanos e europeus.

Figueiredo foi representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) e, entre outros cargos, foi embaixador nos Estados Unidos da América, Portugal e Qatar.

Além disso, no Itamaraty, dirigiu os departamentos de Política Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente.

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