Autorizada importação de 150 mil toneladas de clínquer para abastecer as fábricas de cimento

A melhoria do actual quadro de oferta cimenteira ao mercado nacional passará pela importação, nos meses de Fevereiro, Abril e Julho, de um total de 150 mil toneladas de clínquer, matéria-prima indispensável para a produção do cimento.

No encontro da última segunda-feira, dia 06, no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana (PDIV), o presidente da Associação das Cimenteiras de Angola, Manuel Pacavira Júnior, disse que, fruto da concertação com o Governo, o défice interno que se verifica resulta também da paralisação da cimenteira CIF, mas que como se perspectiva a sua reactivação para Junho ou Julho, deve-se também nessa fase facilitar o acesso das empresas à aquisição das divisas e a abertura de cartas de crédito junto da banca.

As cimenteiras sugeriram ainda a constituição de um stock de emergência, para a utilização quando as produtoras estiverem impossibilitadas de produzi-lo e fornecer às moageiras.

Manuel Pacavira, citado pelo Jornal Economia & Finanças, entende que a paralisação da fábrica CIF esteja a gerar enormes constrangimentos há mais de um ano, mas que com as ideias traçadas se pode perspectivar uma rápida recuperação dos níveis de satisfação da procura.

Para o líder das cimenteiras, o actual preço que representa quase ou mesmo o dobro de a bem pouco tempo tem nesse cenário de escassez de matéria-prima e redução da oferta a explicação de facto. Logo, superados os constrangimentos vai-se também responder ao fenómeno de maior procura e pouca oferta.
Capacidade instalada
Nos últimos cinco anos, isto de 2018 a 2023, Angola apresenta uma capacidade interna instalada na indústria cimenteira de 8,46 milhões de toneladas/ano.

Apesar desse cenário, a comercialização ronda os 2,3 a 2,6 milhões de toneladas/ano, representando assim um nível de utilização que varia entre 27 e 31
por cento.

Nos últimos três anos, cinco empresas da indústria cimenteira nacional, a CIF, Cimangola, FCKS, Cimenfort e Sécil Lobito, gastaram no total 45,5 milhões de dólares e 8,9 milhões de euros.

Estes valores foram aplicados na aquisição de peças sobressalentes, matéria-prima e equipamentos, a fim de serem realizadas as necessárias manutenções.

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